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26/Ago/2021

‘Leite’ vegetal: aveia e castanha ganham espaço

Só no Brasil, segundo o The Good Food Institute (GFI), são ao menos 15 matérias-primas para “leites vegetais”, como aveia, castanhas, amêndoa, coco, arroz, quinoa, milho, amendoim, nozes, trigo, avelã, cevada e macadâmia. Segundo o Euromonitor International, essas matérias-primas ganharam espaço no mercado do varejo tradicional a partir de 2019. São produtos mais novos que o consumidor está experimentando e comprando com maior frequência. Segundo a AGN Consultoria e Negócios, especializada em negócios plant-based, a procura por rótulos limpos (com poucos ingredientes e sem nomes complicados na lista) também cresceu com a pandemia. Quem consome produtos vegetais é bem-informado e costuma ler os ingredientes.

Dentre as matérias-primas que mais crescem no setor, a aveia vem conquistando o apetite de consumidores e empreendedores também no Brasil. Lançada em dezembro de 2020, a Nude, foodtech focada em “leite de aveia”, captou R$ 2,5 milhões para iniciar o negócio. Em seis meses, recuperou o valor investido e cresceu 800%. Em menos de um ano, a empresa já prevê produzir 1 milhão de litros em 2021, com matéria-prima do Paraná. A aveia entrega mais sabor, não deixa o leite aguado, tem leve dulçor e funciona melhor do que os demais ingredientes quando usado junto a café. O portfólio contempla cinco produtos (de R$ 16,00 a R$ 19,00 por litro), sendo três orgânicos, todos sem glúten e sem açúcar: original, baunilha, cacau, cálcio e barista. Mas, já estão previstos lançamentos para este ano e aumento da distribuição, inclusive, em food services.

Dos 700 pontos de venda, 350 são cafeterias. O contato com a marca num ambiente onde o consumidor tem uma boa experiência, como uma cafeteria, faz toda a diferença. Fora a performance, a sustentabilidade do leite de aveia também chama a atenção. A produção requer menos água (92%), terra (91%) e emite quantidade inferior de gás carbônico (71%) do que o leite de vaca, segundo relatório da Nude com dados de estudo da Universidade de Oxford (Poore and Nemecek, 2018). A Nude, por exemplo, já nasceu neutra em suas emissões. A foodtech informa no rótulo de seus produtos a pegada ao longo de toda a cadeia (cerca de 0,34 Kg/CO² por caixinha). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.