24/Ago/2021
Com escalas de abate alongadas em várias regiões pecuárias do País, os frigoríficos pressionam o mercado físico do boi gordo e, com isso, as negociações patinam. Os produtores, preocupados com os altos custos de insumos como milho e gado magro, evitam entregar os bovinos pelos preços propostos e assim cai a liquidez no físico.
Tal cenário deve persistir ao longo da semana, com maior chance de a indústria vencer a "queda de braço", já que o período seco mais emagrece do que engorda os bois a pasto e manter os bovinos confinados por períodos maiores do que o necessário também custa ao produtor. Em São Paulo, o boi gordo se mantém a R$ 308,50 por arroba à vista e R$ 318,00 por arroba a prazo. Em Goiás, as ofertas atendem à demanda atual na região e os preços registram queda para R$ 305,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 301,00 por arroba à vista.
Em São Paulo, no atacado, os preços dos cortes do dianteiro e da ponta de agulha registram recuo. O dianteiro está cotado a R$ 16,00 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 16,10 por Kg. O traseiro, com cortes mais valorizados, se mantém estável a R$ 22,60 por Kg. O recuo nos preços das carnes mais baratas se deu por causa da concorrência com outras proteínas, como carne de frango e suína.