20/Ago/2021

Segundo o Rabobank, a demanda por carne bovina na China tem forte potencial de crescimento, embora o produto não esteja entre as principais proteínas animais consumidas no país asiático. O crescimento da demanda não deve ser rápido nos próximos anos, mas constante. Em termos de volume, o consumo de carne bovina deve aumentar de 8,7 milhões de toneladas em 2020 para 9,5 milhões de toneladas em 2025, com a maior parte do aumento vindo de importações.

O Rabobank espera que a carne bovina tenha uma participação de 9,7% no consumo total de proteína animal em 2025, em comparação a 8,5% em 2000. Isso indica um valor adicional de mercado de US$ 10 bilhões de agora até 2025. Em 2020, essa participação chegou a superar 10% temporariamente, por causa de uma queda abrupta na oferta de carne suína após surtos de peste suína africana (PSA). Essa perspectiva positiva se deve ao aumento do consumo dentro de casa e ao maior conhecimento dos consumidores sobre vários aspectos da carne bovina.

A expansão da classe média e a maior exposição a estilos de vida ocidentais também são em parte responsáveis pela maior aceitação da carne bovina na China. Além disso, a peste suína africana, que causou escassez de carne suína em 2019/2920, e a pandemia de Covid-19 ajudaram essa aceitação a dar um grande passo à frente. Entre 65% e 75% da carne bovina na China era consumida fora de casa antes dos surtos de peste suína africana e da pandemia de Covid-19.

Isso mudou nos últimos anos, primeiro por causa da PSA, e depois por causa da Covid-19, que estimulou o consumo dentro de casa. A PSA fez com que os preços de carne suína subissem significativamente em 2019/2020, oferecendo oportunidades para outras proteínas. Embora o frango seja o principal substituto, a carne bovina se tornou outra opção, principalmente em canais de varejo como mercados, supermercados e comércio eletrônico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.