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20/Ago/2021

Frango: setor está aliviado com decisão da Arábia

Segundo a Cdial Halal, empresa que certifica produtos de acordo com os preceitos e tradições islâmicas, a decisão do governo da Arábia Saudita de suspender a adoção de medida que previa prazo de validade de três meses para frango congelado significa garantir a presença naquele mercado e a manutenção do fornecimento para o país. Isso salvou a permanência do produto brasileiro no mercado da Arábia Saudita. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a decisão dos sauditas foi tomada depois de argumentações por países e agentes de mercado. A acolhida da decisão restabelece os processos das tratativas com o fundamental mercado da Arábia Saudita sob os critérios que norteiam o comércio internacional de alimentos.

A BRF, que, além de exportar para a Arábia Saudita, produz carne no país, ressaltou que a autoridade saudita de Alimentos e Medicamentos (SFDA) decidiu, além de suspender a implantação da medida, retirar a notificação à Organização Mundial do Comércio (OMC). A Arábia Saudita é o segundo principal destino internacional da carne de frango brasileira. Mas, no segmento Halal, o país, maior economia entre as que integram a Liga Árabe, é o principal mercado para o produto. A efetivação do shelf life de três meses para o frango congelado teria um efeito mais nocivo do que uma redução de plantas aptas a exportar. O Brasil teve 11 unidades industriais suspensas pela Arábia Saudita, em maio, situação que permanece até hoje. Atualmente, o Brasil tem 9 plantas aptas a embarcar carne de aves para a Arábia Saudita: 8 de frango e 1 de pato.

De janeiro a julho deste ano, o país importou 254,5 mil toneladas de frango brasileiro, 3,9% a mais que no mesmo intervalo de 2020. A receita foi de US$ 445,1 milhões, 23,5% a mais na mesma comparação. Mesmo com um número menor de unidades exportadoras, é possível manter bons volumes. No entanto, a validade reduzida comprometeria o fluxo de mercadoria, praticamente inviabilizando os embarques. Considerando o que leva para movimentar a carga, cerca de 45 dias, pelo menos, o produto chegaria ao consumidor final com um tempo muito curto de prateleira. Com um prazo de três meses, o produto teria que ser jogado fora e o Brasil estaria totalmente fora do mercado. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.