19/Ago/2021

Os preços do boi gordo estão praticamente estáveis no mercado físico. Em várias regiões, os frigoríficos contam com longas escalas de abate e reduzem a demanda por bovinos terminados, ainda mais tendo de equilibrar seus estoques de carne bovina em meio a um mercado interno enfraquecido. Neste cenário, as exportações continuam sendo essenciais para escoar a produção. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, até a segunda semana de agosto, foram exportadas 101,59 mil toneladas de carne bovina in natura, com média diária de 10,15 mil toneladas, ante 7,77 mil toneladas em agosto de 2020, incremento de 30,7%. O preço médio ficou em US$ 5.530,00 por tonelada, alta de 38,1%.

Enquanto a indústria exportadora paga mais por bovinos terminados (na base de R$ 320,00 por arroba à vista) e consegue fechar escalas com mais facilidade, os frigoríficos que vendem para o mercado interno trabalham com grande ociosidade em suas plantas. A escala de abates atende em média a 7,65 dias no País. São Paulo segue com a situação mais confortável, com programação suficiente para 12,6 dias de abates, em média. O boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Mato Groso, a cotação está entre R$ 296,50 e R$ 302,00 por arroba à vista (a depender da região do Estado) e R$ 305,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços seguem estáveis. A carcaça casada do boi castrado é negociada a R$ 22,10 por Kg.