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19/Ago/2021

Lácteos: oferta limitada reduz exportação em julho

Apesar do câmbio atrativo, as exportações brasileiras de lácteos foram limitadas em julho, devido à baixa oferta doméstica. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 3,7 mil toneladas de produtos lácteos no mês, 14% a menos que em junho. As vendas de leite em pó, especificamente, somaram apenas 513 toneladas em julho, 66,4% inferiores às de junho, mês que, vale lembrar, este produto lácteo foi o mais exportado pelo Brasil. Esse cenário se deve à redução dos envios à Argélia. Ainda assim, o volume de leite em pó escoado em julho esteve 32 vezes acima do registrado no mesmo mês de 2020.

Apesar da redução no volume total exportado, o creme de leite e a categoria de queijos apresentaram altas consideráveis de junho julho, de 54% e de 44,3%, respectivamente, somando 684 toneladas e 373 toneladas. Os principais destinos do creme de leite foram as Filipinas e os Emirados Árabes e o de queijos, a Argentina. Quanto às importações, aumentaram 9% de junho para julho, totalizando 9,66 mil toneladas. Mesmo com a desvalorização do Real frente ao dólar, a oferta limitada de leite no mercado doméstico favoreceu a procura no mercado externo. O leite em pó lidera como o lácteo mais importado, com participação de quase 51% do total, somando 4,9 mil toneladas em julho.

Representando 28% das compras internacionais de julho, as importações de queijos aumentaram 21,5% frente ao mês anterior e 6,1% em relação a julho/2020, totalizando 2,7 mil toneladas. O principal fornecedor do Brasil foi a Argentina (com 68% do total). As compras externas de soro de leite cresceram expressivos 81,3% em julho, indo para 1,4 mil toneladas, sendo também a Argentina o principal fornecedor do lácteo (responsável por 68%). Com a redução nas exportações de produtos lácteos de junho para julho, o déficit na balança comercial aumentou 20%, indo para US$ 27 milhões. Em volume, o déficit apresentado foi de 6 mil toneladas no mês, 31% acima do de junho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.