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17/Ago/2021

Boi: preços sustentados pela restrição de ofertas

O mercado físico do boi gordo segue registrando fraca movimentação. Os negócios se enfraquecem com a entrada da segunda quinzena do mês, quando o consumo de carne bovina normalmente se reduz e desestimula a procura dos frigoríficos por matéria-prima. Os preços da arroba, nessa conjuntura, permanecem firmes, sem espaço para ajustes baixistas por causa da menor disponibilidade de bois prontos para o abate. As indústrias frigoríficas aproveitam as escalas de abate acumuladas ao longo da semana para evitar adquirir bois terminados e gerar novas altas de preços, dado que os relatos de escassez de oferta crescem no mercado, conforme os primeiros lotes provenientes dos confinamentos são absorvidos pelos compradores.

Um movimento que tem sido observado no mercado é uma tentativa de reajustes no boi gordo por parte dos confinadores, a fim de garantir a rentabilidade diante dos altos custos de produção. Por outro lado, a indústria tem dificuldade de realizar repasses aos produtos finais em um ambiente fragilizado economicamente e persiste buscando preços mais atrativos. Mas, embora cresça a preocupação com a escassez de gado terminado, por enquanto a indústria segue abastecida, com as programações capazes de atenderem a uma média de 9 dias úteis. Com a demanda interna ainda retraída, as indústrias frigoríficas operam com capacidade reduzida, o que contribui para o equilíbrio entre a oferta e demanda do mercado bovino, mantendo os preços estáveis pelo País. Em São Paulo, as escalas atendem a 13 dias úteis.

Em Goiás, as programações de abate estão, na média de 10 dias úteis. Com as escalas mais confortáveis em São Paulo, as unidades de abate estão ausentes do mercado e o boi gordo segue cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, a cotação é de R$ 294,50 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo está cotado entre R$ 304,00 e R$ 306,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a procura por reposição nos últimos sete dias está abaixo do esperado pelo setor, o que afeta a dinâmica de toda a cadeia. A partir de agora, o cenário não tende a mudar, com a segunda quinzena do mês minando a expectativa de aumento no consumo de carne bovina. Com isso, o traseiro do boi se mantém a R$ 22,60 por Kg; o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 16,60 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros e castrados está cotada a R$ 19,40 por Kg e a R$ 18,36 por Kg.