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16/Ago/2021

Boi: preços firmes em mercado com baixa liquidez

O mercado físico do boi gordo registra lentidão, com preços firmes em grande parte das regiões pecuárias do País e baixo fluxo de negociações. Passada a euforia das primeiras semanas do mês, quando o consumo de carne bovina costuma aumentar, as indústrias adotam estratégia cautelosa de aquisição de gado terminado. As que mantêm o ritmo aquecido de compras são as habilitadas para o mercado externo, que segue demandando carne bovina. Embora os frigoríficos estejam mais retraídos, não são raros os relatos de escassez na oferta em algumas regiões do País. Esta narrativa dos agentes favorece a especulação altista durante o intervalo entre o primeiro e o segundo giro de confinamento neste segundo semestre do ano.

Os pecuaristas tentam driblar os altos custos de nutrição animal. Propriedades de pequeno e médio portes evitam adquirir bovinos de qualquer categoria, alegando que os patamares de preços atuais não remuneram a operação de recria e engorda frente aos custos de produção vigentes. Em São Paulo, a baixa liquidez limita as variações nos preços. O boi gordo segue cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Na Bahia, por causa da dificuldade de aquisição de bois terminados a pasto o boi gordo passou a ser negociado a R$ 297,00 por arroba à vista. No Pará, há ampliação momentânea na oferta e a cotação é de R$ 291,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, contudo, o cenário é de escassez de boiadas, elevando a cotação do boi gordo para R$ 307,50 por arroba à vista.

Em Mato Grosso, as escalas de abate atendem, em média, a 8,93 dias úteis. A situação mais confortável para os frigoríficos permanece em São Paulo e Goiás, com as programações prontas para atender a uma média de 13,61 dias úteis e 11,57 dias úteis, respectivamente. Em São Paulo, no atacado, os principais cortes bovinos seguem inalterados, com o consumo dentro das expectativas do setor. Entretanto, a procura por reposição ainda não apresenta a reação aguardada, evidenciando os excessos de estoques no varejo. O traseiro do boi se mantém a R$ 22,60 por Kg; o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 16,60 por Kg.