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09/Ago/2021

Boi: preços sustentados pela escassez de ofertas

Os preços do boi gordo devem continuar firmes no curto prazo no mercado físico, com ajustes pontuais, a depender da situação de oferta de cada região. Há possibilidade de um leve aumento na oferta de bovinos em algumas regiões, como efeito das geadas que atingiram o Centro-Sul do País e degradaram ainda mais as pastagens. Mas, isso não deve ser suficiente para quebrar a firmeza das cotações. As projeções para agosto são altistas, com a entressafra dando o tom dos negócios nessas primeiras semanas, além de uma previsão de melhora no consumo doméstico e externo. Há possibilidade de aceleração nas exportações a partir deste mês, especialmente com o dólar tendo diminuído a volatilidade e voltado a registrar alta.

No segundo semestre, as compras chinesas de proteína animal tendem a aumentar, e isso pode significar um impulso aos embarques brasileiros. Em julho, o Brasil exportou 191,251 mil toneladas de carne bovina in natura e processada, uma queda de 1,4% ante o mesmo mês do ano passado, conforme cálculo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Além disso, o mercado monitora a evolução da demanda interna, mas também o avanço da colheita do milho 2ª safra de 2022, que pode diminuir os custos de produção nos confinamentos ao longo do mês. Este cenário, apesar de evitar novas altas de preços, é sazonal.

Após a redução das ofertas de lotes do primeiro giro de confinamento e período de colheita, as cotações podem apresentar novas altas, devido ao sazonal aumento da demanda externa no segundo semestre do ano e ao avanço da vacinação, que traz normalidade ao consumo doméstico. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Os preços estão estáveis em quase todas as regiões. A exceção é o Espírito Santo, onde o boi gordo registra alta, para R$ 292,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 303,00 por a arroba à vista e entre R$ 305,00 e R$ 306,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, após quase uma semana de estabilidade, os preços dos principais cortes bovinos estão em alta. O traseiro e o dianteiro têm valorização de R$ 0,50 por Kg, passando a serem negociados a R$ 22,60 por Kg e R$ 17,10 por Kg, respectivamente. A ponta da agulha segue a R$ 16,60 por Kg.