05/Ago/2021

Depois de ter atingido recorde em junho, as exportações brasileiras de carne suína in natura recuaram um pouco em julho. Assim, apesar da queda mensal, o volume embarcado ainda seguiu sendo um dos maiores de toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Os embarques em bom desempenho ajudaram a aquecer a liquidez no mercado doméstico, principalmente do suíno vivo. Segundo dados da Secex, em julho, 92,8 mil toneladas de carne suína foram enviadas ao exterior, volume 5% menor que em junho, mas 2,9% acima do registrado em julho de 2020. Trata-se, também, do terceiro maior volume exportado em 2021, atrás somente do recorde de junho (97,8 mil toneladas) e de março (96,8 mil toneladas).

Além da queda no volume, o preço médio pago pela proteína exportada também recuou, limitando a receita recebida pelo setor. À medida que o dólar se valoriza frente ao Real, o preço médio do produto exportado tende a recuar. De junho a julho, a cotação média da carne suína in natura exportada caiu 4,3%, indo para US$ 2,50 por Kg. Dessa forma, o setor exportador brasileiro arrecadou R$ 1,2 bilhão em julho, receita 6,7% menor que a observada em junho, mas ainda 18,4% acima da verificada em julho de 2020. As cotações dos cortes suínos negociados no atacado e do suíno vivo no mercado independente registram movimentações distintas nos últimos sete dias.

Na ponta final, a fraca demanda na última semana de julho e o leve recuo no preço da carne bovina pressionam as cotações dos cortes suínos. Agentes do setor têm expectativas de que a tendência de queda nos valores seja interrompida nesta semana, fundamentados no possível aquecimento das vendas neste período de início de mês e proximidade do Dia dos Pais (08/08). Em São Paulo, no atacado, o pernil com osso apresenta desvalorização de 5,6% nos últimos sete dias, negociado a R$ 10,88 por Kg. A costela é comercializada a R$ 15,46 por Kg, queda de 4,8% no mesmo comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.