05/Ago/2021

De acordo com a The Good Food Institute (GFI), a busca por hábitos alimentares mais saudáveis fez com que houvesse redução de consumo de proteína animal. A alimentação plant based, ou seja, produtos à base de plantas, ganhou impulso em 2021 no Brasil com o avanço da pandemia e, consequentemente, uma busca maior por cuidados com a saúde e consequente redução do consumo de proteína de origem animal. Uma pesquisa do The Good Food Institute (GFI) Brasil realizada em parceria com o Ibope mostrou que 49% dos brasileiros teriam reduzido o consumo de carne, sendo que 39% declararam já consumir alternativas pelo menos três vezes por semana e 59%, ao menos uma vez por semana. O estudo também mostra uma redução no consumo de derivados de proteína animal.

Entre os entrevistados, 42% disseram que consomem leite no máximo uma vez por semana. O número é menor no caso de ovos (41%) e laticínios (36%). Globalmente, 41% das pessoas fizeram uma grande mudança em sua dieta, segundo Pesquisa Global Sobre Hábitos Alimentares na Pandemia conduzida pela One Poll, realizada em 30 países, com um total de 28 mil indivíduos, entre eles brasileiros. Entre as novas medidas alimentares adotadas pela população, estão o aumento no consumo de frutas e verduras (51%), a ingestão de mais alimentos à base de plantas (43%) e o esforço para comer menos carne (43%). Essa tendência de mudança de hábito é justificada, especialmente, pelo fato de as pessoas estarem se alimentando mais em casa em função do home office. A We Nutz, empresa fundada em 2019, por exemplo, teve um aumento de quatro vezes da receita em 2020, surfando essa nova tendência.

As vendas pela internet cresceram 95% de agosto do ano passado a maio de 2021. O time também dobrou de tamanho apenas nos primeiros sete meses deste ano. Além de cada vez mais pessoas adeptas do vegetarianismo, os consumidores passaram a se preocupar mais com questões ambientais e de sustentabilidade e, nesse ponto, a geração dos millennials tem puxado o bonde. Nessa pandemia houve um aumento relevante no consumo do público mais jovem, abaixo de 25 anos. Os millennials estão a um clique de resolver alguma dúvida ou obter informação, eles valorizam cada vez mais a autenticidade e o engajamento. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.