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02/Ago/2021

Suíno: Brasil toma medidas contra ingresso da PSA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que está acompanhando e monitorando a ocorrência de dois focos de peste suína africana (PSA) na República Dominicana. Trata-se do primeiro registro da doença no continente americano desde a década de 80, quando a doença foi considerada erradicada, após ocorrências no Brasil, em Cuba, no Haiti e na própria República Dominicana. O diagnóstico foi realizado no Laboratório de Diagnóstico de Doenças Exóticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e após confirmação, o país notificou à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) no dia 29 de julho. A chegada da PSA ao continente americano aumenta o estado de atenção com intensificação das medidas para prevenir a introdução da doença no Brasil.

Visando manter o País livre de PSA, o Mapa vem adotando as providências necessárias que a situação requer e já emitiu alerta para a atuação dos setores de controle de importações, da vigilância agropecuária internacional e dos serviços oficiais de saúde animal. Foram reforçadas as recomendações para vigilância em portos e aeroportos, para assegurar que companhias aéreas e marítimas e viajantes obedeçam às proibições de ingresso de produtos que representem risco de pragas e doenças para a agropecuária. O Brasil tem um sistema de vigilância específico e planos de contingência para as doenças hemorrágicas de suínos, cujas doenças-alvo são a peste suína clássica (PSC) e peste suína africana (PSA). Desde 2018, quando a PSA se disseminou na China e outros países da Ásia e Europa, o Ministério da Agricultura vem desenvolvendo ações para fortalecer as capacidades de prevenção do ingresso do vírus da PSA no País, visando a detecção e diagnóstico precoces e resposta rápida a eventuais incursões da doença no Brasil.

É fundamental que os suinocultores e as agroindústrias intensifiquem os procedimentos de biossegurança nos estabelecimentos de criação, especialmente sobre a entrada de animais, alimentos, insumos e visitantes, e notifiquem imediatamente quaisquer casos suspeitos da doença ao serviço oficial de saúde animal, para a pronta investigação. O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa está em estreito contato com as autoridades de saúde animal da República Dominicana, com os organismos regionais e com a representação da OIE nas Américas, visando aprofundar o conhecimento sobre a situação da ocorrência, além de disponibilizar apoio para a eliminação dos focos e contenção da disseminação do vírus, permitindo recuperação da condição do continente americano de livre da PSA.

Na sexta-feira (30/07), o Mapa divulgou o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos que visa fortalecer a capacidade de detecção precoce de casos de peste suína clássica (PSC), peste suína africana (PSA) e a síndrome reprodutiva e respiratória dos Suínos (PRRS), bem como demonstrar a ausência das doenças em suínos domésticos. A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível e leva a altas taxas de mortalidade e morbidade. Considerada pela OIE como uma das doenças mais relevantes para o comércio internacional de produtos suínos, a PSA afeta somente suínos. Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína.

O País produziu 4,436 milhões de toneladas em 2020, cerca de 4,54% da produção mundial, e exportou 1.024 mil toneladas, 23% da produção nacional, para 97 países. No Brasil, a doença foi introduzida em 1978 no estado do Rio de Janeiro, por meio de resíduos contaminados de alimentos provenientes de voos internacionais com origem em países onde a doença estava presente. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada em Pernambuco, em novembro de 1981, e as medidas aplicadas pelo serviço veterinário oficial brasileiro permitiram a erradicação da doença em todo seu território e a declaração de país livre de PSA em 1984. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.