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30/Jul/2021

Boi: preços sobem com maior procura da indústria

Os preços do boi gordo estão avançando no mercado físico. Cresce a expectativa quanto ao consumo na primeira quinzena de agosto e maior regularidade no escoamento de carne bovina ao varejo. Apostando na reação da demanda, os frigoríficos vão às compras para preencher as escalas de abate para as próximas semanas. Do outro lado, os pecuaristas mantêm os preços, preocupados com custos de produção. As plantas focam a procura de fêmeas, que são mais baratas e oferecem maior margem

de rentabilidade para as operações, em função da impossibilidade de repasses significativos aos preços da carne no varejo.

O mercado observa ainda os efeitos da onda de frio em boa parte do País, que ameaça a produtividade das lavouras de grãos e a nutrição dos últimos lotes de bois engordados a pasto. A perspectiva é de que haja um leve aumento na oferta, a exemplo das últimas semanas, caso as baixas temperaturas e eventuais geadas contribuam para uma maior degradação das pastagens nos próximos dias. Em relação à indústria, o aperto nas margens de lucro não dá sinais de arrefecimento. É que os preços do boi gordo continuam operando acima dos preços da carcaça casada há quase um ano.

Em São Paulo, o mercado está mais aquecido, o que levou as indústrias locais a registrarem programações de abate mais confortáveis. O boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. No Espírito Santo, a cotação é de R$ 290,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso e em Minas Gerais, em função da maior procura das plantas frigoríficas locais para atender o sazonal aumento do consumo no início do mês, a cotação é de R$ 306,00 por arroba a prazo e R$ 310,00 por arroba a prazo, respectivamente.

Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 303, por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o dianteiro bovino e a ponta da agulha registram queda, negociados a R$ 16,60 por Kg. O traseiro do boi continua cotado a R$ 22,10 por Kg. A desvalorização dos cortes já era esperada pelo mercado, que vem observando uma irregularidade no escoamento de proteína bovina. As sobras nos entrepostos podem trazer novas quedas de preços.