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28/Jul/2021

Plant-based: NotCo recebe aporte e vira unicórnio

A NotCo, empresa de alimentos feitos de plantas, anunciou na segunda-feira (26/07) que recebeu um aporte de US$ 235 milhões liderado pela Tiger Global, tornando-se o mais novo unicórnio (como são batizadas as startups que valem mais de US$ 1 bilhão). Com o dinheiro novo e o status obtido, o objetivo da companhia fundada no Chile é lançar em mais países seus produtos. Entre os participantes da rodada figuraram a G2D, da gestora brasileira GP Investimentos, que viu inflar o valor de sua participação na companhia. Também participaram da rodada nomes como o heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton e Roger Federer, vencedor de 20 Grand Slams de tênis. O investimento Série D já estava no radar da empresa, mas foi fechado antes do previsto. A NotCo no Brasil esperava receber o novo aporte entre o fim de 2021 e o início de 2022.

O principal objetivo da companhia é retirar os animais da equação (da alimentação). Esse investimento vai servir para turbinar a nossa expansão geográfica para vários outros países e dentro dos países em que a empresa está presente. No Brasil, a operação é focada no estado de São Paulo. O aporte também serve para financiar o crescimento para outros Estados. Os alimentos da NotCo são produzidos com a ajuda de Giuseppe, algoritmo responsável pela “tradução” de receitas com ingredientes de origem animal para seus equivalentes vegetais. Foi dele que saíram os cinco produtos hoje comercializados pela NotCo, como leite, sorvete e maionese. No Chile, recentemente a companhia lançou uma opção de carne moída vegetal. Foi um mercado que se abriu principalmente pelo trabalho das pioneiras norte-americanas Impossible Foods e Beyond Meat.

A NotCo não está sozinha na busca por alternativas vegetais a receitas consagradas. Gigantes como JBS e Marfrig, além de uma série de startups do setor alimentício, como A Tal da Castanha, também têm atuado nesse segmento. Com o investimento, a NotCo também pretende aumentar a quantidade de matéria-prima produzida nos países em que opera. Para a fabricação dos alimentos da marca, a maior parte dos ingredientes é importada, o que tem impacto não só na cadeia de suprimentos, mas também no preço final na prateleira do supermercado, que é mais alto se comparado aos produtos comuns. O leite da NotCo custa, por exemplo, custa cerca de R$ 15,00 por litro ao consumidor. No curto prazo, a redução de preços passa pela revisão das embalagens. A empresa tem tentado trabalhar a questão da acessibilidade. Às vezes, isso é possível no curto prazo com uma embalagem um pouco mais acessível em preço. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.