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27/Jul/2021

Boi: preços estáveis e mercado com baixa liquidez

Os preços do boi gordo devem manter a estabilidade neste início de semana nas principais regiões pecuárias do País. As geadas e o clima frio nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País deterioraram as pastagens, o que influencia em um movimento de aumento da oferta de gado no mercado físico. Assim, as cotações devem se manter inalteradas, mas não está descartada a possibilidade de novos recuos, ainda que pontuais. Grandes retrações não são esperadas por causa dos custos de produção mais altos nos confinamentos. O mercado tende a continuar lento nesta semana e na próxima, podendo retomar a tendência altista na segunda quinzena de agosto, quando os lotes do primeiro giro de confinamento devem terminar de ser ofertados. O preço deve ficar firme mesmo em setembro, outubro e novembro, esse último mês podendo ser o pico da entressafra. A perspectiva para o preço do produto final, portanto, também é de alta no médio prazo, com a carne descolada do consumo, que não dá sinais de aceleração.

Por enquanto, a dificuldade de escoamento da carne bovina no varejo limita o avanço dos negócios no físico. A indústria tenta alongar as suas escalas e evita adquirir novos lotes de bois terminados, enquanto aguarda a entrada de agosto. Sazonalmente, a primeira quinzena do mês costuma registrar um aumento no consumo da proteína, com consumidores mais capitalizados. Na semana passada, as unidades de abate cuja produção é destinada ao mercado doméstico se ausentaram das negociações, diferentemente das que são habilitadas para exportação. As plantas que vendem ao mercado internacional estiveram mais ativas, conforme a sazonal reação da procura externa pela proteína bovina brasileira no segundo semestre do ano. Em São Paulo e em Goiás, as indústrias encerraram a semana passada com maior facilidade em programar os seus abates. A média se encontrava em 11 dias úteis, acima da média parcial dos últimos doze meses.

Em Tocantins e Minas Gerais, porém, a média das escalas se manteve próxima aos 9 dias úteis. Em Mato Grosso do Sul, as indústrias ampliaram as suas escalas em 2 dias úteis, para 8 dias úteis. Mato Grosso foi o único a ter um recuo na média das programações, para 7 dias úteis preenchidos na escala. Em São Paulo, o boi gordo ainda é negociado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a coração é de R$ 294,50 por arroba à vista e em Rondônia, R$ 295,50 por arroba à vista. Em Alagoas, o boi gordo está cotado a R$ 296,50 por arroba à vista. Em Goiás, a chegada de lotes dos confinamentos em um momento de fraca demanda provoca queda no preço. O boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba à vista. A média brasileira é de R$ 302,70 por arroba à vista e R$ 304,68 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes permanecem praticamente estáveis. O traseiro está cotado a R$ 22,10 por Kg; a ponta da agulha é negociada a R$ 22,10 por Kg; o dianteiro está cotado a R$ 16,90 por Kg.