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26/Jul/2021

Boi: preços sustentados pela escassez de ofertas

O fraco consumo de carne bovina no mercado doméstico dita o ritmo de negócios no mercado físico do boi gordo. Sem a expectativa de melhora no escoamento da proteína no curto prazo, os frigoríficos se ausentam e tentam reprogramar as suas escalas de abate, sem a necessidade de adquirir novos lotes de gado terminado por enquanto. O mercado apresenta atualmente um volume de negócios abaixo da média para o período, por conta de fatores logísticos e estruturais. Em relação à oferta, a disponibilidade de bois prontos para o abate ainda é restrita, apesar da entrada de boiada gorda do primeiro giro de confinamento em algumas praças pecuárias do País.

É essa conjuntura de escassez que sustenta os preços da arroba em patamares elevados, uma vez que a procura da indústria tem sido menor do que a esperada. Nas Regiões Norte e Nordeste, a seca tem influenciado em uma melhora na oferta de gado terminado. Nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, apesar das geadas, os pecuaristas ainda retêm os lotes e o preço segue firme por causa dos custos mais altos com nutrição. Em São Paulo, os preços estão estáveis nos últimos sete dias. o boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista e entre R$ 315,00 e R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, por causa da dificuldade de escoamento de carne bovina e das escalas de abate confortáveis, o preço está entre R$ 299,50 e R$ 303,50,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 302,00 por arroba à vista. As escalas de abate na região seguem inalteradas, com uma média de 6 dias úteis.

No Rio Grande do Sul, que tem a arroba mais cara do País, a escassez de contêineres e o represamento de produtos nos entrepostos reduz a demanda por bois terminados. As novas geadas que atingem a região e a chegada do período de oferta dos primeiros lotes de confinamento aumentam levemente a oferta. A cotação atual é de R$ 335,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, após quatro dias de estabilidade, os preços registram variações. As movimentações dizem respeito à demanda irregular e ao volume excedente nos entrepostos. Os cortes de traseiro e da ponta da agulha apresentam recuo de R$ 0,50 por Kg, para R$ 22,10 por Kg e R$ 16,60 por Kg, respectivamente. O dianteiro tem baixa de R$ 0,20 por Kg e passou a custar R$ 16,90 por Kg.