23/Jul/2021

A comercialização é lenta no mercado físico do boi gordo, em meio ao baixo consumo doméstico e a menor oferta de bovinos. A estratégia que tem sido adotada pelos frigoríficos para proteger as suas margens é a redução da capacidade de abate diária das plantas, como forma de alongar as escalas até a chegada da primeira semana de agosto, quando é esperada uma reação da demanda interna. Por enquanto, o que segue sustentando as atividades é a demanda externa, que permanece aquecida. Em São Paulo, as programações de abate chegam a 10,54 dias úteis (em média). Em Goiás, as escalas são confortáveis e chegam a 10,67 dias úteis, em média.

A situação é mais complicada para as plantas de Rondônia, que contam com uma média de 6 dias úteis. Por outro lado, os produtores não cedem à pressão da indústria, na tentativa de garantir a rentabilidade, em um momento de alta nos custos de produção, especialmente o milho e o gado de reposição. Os altos custos de nutrição já contratados para os lotes do primeiro giro de confinamento não permitem efetivações descoladas dos patamares atuais. Em relação ao pico da entressafra, o mercado já espera preços mais elevados, principalmente em função da ascendente curva futura de preços milho na B3, gerada pelas quebras de produção. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo.

No Paraná, a cotação é de R$ 308,50 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, o boi gordo registra recuo para R$ 11,05 por Kg. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo é negociado a R$ 310,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 300,00 por arroba à vista. No Maranhão, os preços registram queda e o boi gordo está cotado a R$ 287,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a demanda segue lenta, porém não o suficiente para pressionar os preços da proteína. Dessa forma, os principais cortes bovinos se mantêm estáveis. O dianteiro e a ponta da agulha estão cotados a R$ 17,60 por Kg e o traseiro, a R$ 22,60 por Kg.