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22/Jul/2021

Suíno: poder de compra do produtor pressionado

As fortes quedas no preço do suíno vivo no mercado independente no início de julho reduziram o poder de compra dos produtores frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja. A baixa na média parcial do mês interrompe a recuperação no poder de compra observada em junho. Considerando-se o suíno negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o Indicador ESALQ/BM&F do milho (Campinas - SP), é possível ao produtor a compra de 4,15 Kg de cereal com a venda de 1 Kg de suíno nesta parcial de julho, quantidade 11,2% menor que em junho e ainda 41,4% abaixo do mesmo mês de 2020.

Frente ao farelo de soja negociado no mercado de lotes de Campinas, o recuo mensal na quantidade é de 3,7%, sendo possível ao suinocultor adquirir 2,90 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno na parcial deste mês, 12,4% abaixo da média de julho/2020. Na comparação do suíno comercializado em Santa Catarina, na região oeste, com os insumos no mercado de lotes de Chapecó (SC), é possível ao suinocultor comprar 3,87 quilos de milho com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de julho, quantidade 11,2% abaixo da média do mês anterior e ainda 40,1% menor que em julho/2020.

Na relação com o farelo de soja, o produtor pode adquirir 2,80 Kg do derivado, recuo mensal de 6,6% e de 8,6% no comparativo anual. Os baixos estoques da safra de verão (1ª safra 2020/2021) de milho e a preocupação com a produtividade da 2ª safra de 2021 têm levado os vendedores a se retraírem no mercado doméstico, elevando os preços. O Indicador ESALQ/BM&F do milho registra alta de 3,8% frente a junho, indo a R$ 95,63 por saca de 60 Kg na parcial deste mês, sendo ainda 94,4% maior que o preço médio observado no mesmo mês de 2020.

No mercado de lotes de Chapecó (SC), a movimentação é similar, com altas de 5,2% no comparativo mensal e de fortes 98,2% no anual, indo a R$ 98,92 por saca de 60 Kg. Os valores do farelo de soja iniciaram julho em queda, mas registram recuperação recente. Mesmo assim, de junho até a parcial de julho, o derivado apresenta desvalorização de 3,8% no mercado de Campinas (SP) e 0,5% em Chapecó (SC), a R$ 2.278,29 por tonelada e a R$ 2.273,63 por tonelada, respectivamente. Frente às médias de julho/2020, ainda são 30% e 29,4% maiores, na mesma ordem. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.