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19/Jul/2021

Suíno: maior oferta pressiona os preços na China

A China produziu o maior volume de carne suína no segundo trimestre de 2021 dos últimos sete anos. A produção foi 40% maior em relação ao ano anterior e, no semestre, alcançou a marca de 27 milhões de toneladas, avanço de 36% em comparação com o mesmo período de 2020. Estoques consideráveis foram formados por empresas industriais na expectativa de que tivessem uma boa posição no mercado reestruturado de suínos. Com novos surtos de peste suína africana (PSA) no norte da China e na província central de Sichuan, no entanto, os fornecedores aumentaram os preços e os suínos engordaram por mais tempo que o normal.

Antes da temporada de primavera, os suínos mais pesados foram abatidos, com o temor de que eles pudessem ser sacrificados se a doença se espalhasse. O movimento, contudo, pressionou os preços dos suínos. Como resultado, os valores dos suínos vivos e os preços no atacado da carne suína na China despencaram em virtude da alta produção (cerca de 60% entre janeiro e junho). Apesar disso, os preços se recuperaram após um mecanismo de estabilização do mercado estatal ter sido acionado e a carne suína ter sido comprada para as reservas nacionais. Após o surto de peste suína africana (PSA) ter dizimado os estoques de suínos no país asiático em 2018, a China passou a ser um dos principais responsáveis pela forte demanda nos mercados globais de ração e carne.

As importações chinesas beneficiaram a União Europeia (UE), principalmente, que obteve lucros robustos como exportadora. Agora, porém, esses ganhos diminuíram. Um recente levantamento das autoridades alfandegárias do bloco mostrou que as importações de carne caíram 17% em relação ao mesmo período do ano passado. A China está tendo sucesso ao recompor os seus rebanhos domésticos. No fim de junho, os estoques eram 30% superiores do que no ano anterior, o que também serviu para aumentar a demanda chinesa por soja e milho no mercado mundial, uma vez que ambos são usados como ração animal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.