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19/Jul/2021

Suíno: relatados novos surtos de PSA na Alemanha

Na Alemanha, um surto de peste suína africana (PSA) em duas fazendas pode inviabilizar os planos do país, principal produtor da Europa, de retomar as exportações de carne suína, afetadas desde o ano passado pela doença. É a primeira vez que a PSA, até agora transmitida apenas em javalis, foi confirmada em suínos. O fato ocorreu em duas fazendas em Brandenburg, perto da fronteira com a Polônia, e cerca de 200 suínos serão sacrificados. Como autoridades veterinárias tentam conter o surto, a situação pode ser um retrocesso para a tentativa da Alemanha de retomar a exportação de carne suína, que foi vetada por muitos compradores devido à desconfiança após o surto de javalis no ano passado.

A decisão da China, principal consumidor mundial dessa carne, é especialmente preocupante, pois ainda mantém o veto ao produto e essa notícia pode estender o período de desconfiança. A Alemanha detectou mais de 1.200 casos de peste suína africana em javalis em Brandenburg desde o outono passado. O estado da Saxônia também relatou cerca de 300 casos e as infecções ainda persistem na Polônia, onde as expectativas de conter o surto estão desaparecendo. A esperança é que a doença continue a uma distância significativa do noroeste, onde há a maior concentração de suinocultura do país, e que os surtos tenham ocorrido em duas pequenas propriedades.

As vendas de carne suína da Alemanha fora da Europa recuaram para menos da metade do ritmo do ano passado. A peste suína africana não foi registrada em outros grandes produtores de carne suína na Europa, incluindo Espanha e Dinamarca. A perda de milhões de suínos como resultado dos surtos globais levou a uma escassez de carne que impulsionou os preços. Na Alemanha, os preços se recuperaram das mínimas históricas registradas em 2020 graças ao fato de ter conseguido escoar parte do seu excesso de oferta na União Europeia após o acúmulo do produto diante do veto chinês, principalmente. Os preços da carne suína continuam baixos e não cobrem os custos dos produtores alemães. Fonte: El Economista. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.