16/Jul/2021

Os preços do boi gordo seguem pressionados pela entrada de lotes de gado terminado no mercado físico e consequente alívio nas escalas de abate de frigoríficos. A lentidão do consumo doméstico, porém, reduz a procura da indústria por matéria-prima e a liquidez de negócios nas regiões pecuárias brasileiras ainda decepciona. A ausência da demanda permite retrações nos preços da arroba, porém sem grande intensidade, em função da apertada margem dos vendedores. Nos últimos dias, os pecuaristas têm tentado vender os lotes de bovinos oriundos das pastagens, após as geadas terem degradado as áreas produtoras já atingidas pela seca no Centro-Sul do País. O aumento da oferta também vem do primeiro giro de confinamento, com confinadores de pequeno e médio portes encontrando dificuldades de arcar com os custos da terminação intensiva.

O cenário no mercado pecuário, portanto, é de muita especulação em relação aos próximos dias. Apesar do aumento de oferta, o movimento é temporário, sem apresentar sustentação para a continuidade dos movimentos baixistas. A tendência é altista para o resto do ano, em função da retenção de fêmeas em todo o País. A expectativa de melhora na demanda, que vinha ditando o ritmo de comercialização de boi gordo, já é outra, com a chegada da segunda quinzena do mês. Isso porque, sazonalmente, esse é o período em que as compras de carne bovina costumam ser menores, em razão da menor capitalização dos consumidores. A atenção tende a se voltar para a demanda externa pela proteína, que deve movimentar as atividades nas unidades de abate.

Em São Paulo, o boi gordo é negociado ainda a R$ 308,50 por arroba à vista e R$ 318,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, como resultado de leve melhora na oferta de bovinos na região, a cotação é de R$ 298,50 por arroba à vista. No Paraná, o boi gordo está cotado a R$ 307,50 por arroba à vista. Na Região Centro-Oeste, a influência baixista persiste. Em Mato Grosso do Sul e Goiás, a cotação é de R$ 310,00 por arroba à vista e R$ 300,00 por arroba à vista, respectivamente. Em Tocantins, o boi gordo está cotado a R$ 293,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a procura por parte das distribuidoras segue lenta e irregular, contrariando as expectativas do mercado. O traseiro continua cotado a R$ 22,60 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha, estão cotados a R$ 17,60 por Kg. A carcaça casada bovina está cotada a R$ 19,60 por Kg.