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16/Jul/2021

Preços das proteínas deverão seguir avançando

Com a alta nos custos de produção e a demanda aquecida, os preços das proteínas nos supermercados vão continuar a subir pelo menos até 2022. Após ter avançado 16,2% em 2020, o preço da carne bovina deve subir em média 17,6% no acumulado deste ano, e cair 3% em 2022. Os cálculos levam em conta todos os cortes bovinos que fazem parte do IPCA (o índice oficial de inflação no País), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, mesmo as famílias que substituíram a carne bovina por proteínas mais baratas passaram a gastar mais. Os dados mostram que em 2020 o preço da carne suína disparou 29,5%. A projeção para 2022 é de baixa de 1,6%, depois do aumento de 15,1% estimado para 2022. No caso do frango inteiro, a alta, que foi de 17,1% no ano passado, é estimada em 11,8%, com expectativa de recuo de 2,7% no ano que vem. Estes preços chegaram a um nível muito alto.

Mesmo que marginalmente os aumentos percam força, eles comprometeram muito do orçamento das famílias. Com o orçamento pressionado pela alta de preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica, entre outros, muitos brasileiros têm alterado a lista de compras. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, afirma que os cortes bovinos, mais caros, são trocados pela carne suína e pelo frango. No fim da cadeia de trocas está o ovo de galinha.

O ovo é o destaque, porque é mais barato. Só que a demanda está mais aquecida e o custo de produção também subiu. Após avançar 11,4% em 2020, o ovo de galinha ficará 7,6% mais caro no acumulado deste ano. Apenas em 2022, com a perspectiva de que o preço do milho caia 9,0% e o da soja recue 8,0%, o ovo deve passar por baixa de 0,5%, na prática, deve ficar estável. Tradicionalmente, o preço do ovo cai no segundo semestre de cada ano. Mas, em 2021 o valor está se mantendo em patamares elevados. Também é esperado preços mais elevados para a carne bovina, a carne suína e o frango até o fim de 2021.

No caso da bovina, um dos motivos é que a China tradicionalmente eleva seu volume de importações no segundo semestre do ano. A carne suína também depende do apetite do gigante asiático, um dos grandes consumidores globais. O frango, além da pressão de custo, enfrenta uma maior demanda interna por parte das famílias, por ser uma carne mais barata. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.