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15/Jul/2021

Boi: preços seguem sustentados pela oferta restrita

Os efeitos das geadas nas regiões pecuárias do Centro-Sul do País ainda influenciam os negócios no mercado físico de boi gordo. Os pecuaristas se viram forçados a retirar os últimos lotes de bovinos das pastagens. A melhora na oferta permitiu que frigoríficos alongassem suas escalas de abate. Em Goiás, as programações da indústria avançaram 57% na comparação diária, para a média de 13,33 dias úteis. As escalas também ficaram mais confortáveis em Minas Gerais, com alta de 18%, para 7,5 dias úteis; e no Pará, onde as programações atendem agora uma média de cinco dias úteis, 25% acima da véspera. Apesar do aparente alívio nas operações da indústria, a perspectiva para o médio prazo é de uma oferta restrita de gado pronto para abate e, consequentemente, preços firmes ou mais altos.

Os frigoríficos também monitoram o escoamento da proteína para o exterior. Os preços seguem sustentados, com recuos pontuais nas regiões pecuárias. Em São Paulo, o boi gordo é negociado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 318,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 295,50 por arroba e em Mato Grosso do Sul, R$ 302,50 por arroba, ambas à vista. Nesses Estados, a maior disponibilidade de gado decorre da grande quantidade de bovinos confinados na região. As plantas da região encontram certa facilidade para compor suas escalas de abate, que não são muito exigidas, por causa da chegada da segunda quinzena do mês, período de menor consumo no varejo. O cenário é diferente na Região Sul do País, ainda que as geadas tenham afetado mais as áreas produtoras.

A oferta de boiadas continua restrita. Além disso, o Paraná e Rio Grande do Sul sofrem com uma dificuldade no escoamento da produção para o mercado internacional, em decorrência da falta de contêineres. No Rio Grande do Sul, a cotação é de R$ 340,00 por arroba à vista, o valor mais alto do País. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 303,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 300,00 por arroba à vista. em São Paulo, no atacado, os preços dos cortes bovinos estão estáveis. O principal motivo da lentidão na reposição de estoque se dá pela especulação de novos repasses de preços aos consumidores, em função do aumento dos custos de nutrição animal. Dessa forma, o traseiro continua fixado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o do dianteiro bovino e a ponta da agulha são negociados a R$ 17,60 por Kg.