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14/Jul/2021

Boi: conjuntura é desafiadora para os frigoríficos

Segundo o Itaú BBA, a indústria de carne bovina brasileira deve continuar enfrentando uma conjuntura desafiadora nos próximos meses, ainda com dificuldades de repasses de custos aos preços finais no mercado doméstico. No início deste mês, porém, os frigoríficos conseguiram alongar as escalas de abate, resultado da seca mais acentuada e das geadas nas últimas semanas, que provocaram um aumento na disponibilidade de bovinos. Houve alta de 2% no preço médio do boi gordo em junho, para R$ 317,11 por arroba.

Da mesma forma, a carcaça casada ficou 2,5% mais cara no mês, o que aliviou o spread da indústria, ou seja, a diferença entre o preço recebido pela carne e o preço pago pelo boi gordo. Quanto ao mercado externo, ocorreu o contrário: os spreads ficaram mais apertados, em virtude de uma alta de apenas 5% no preço da carne em dólares, enquanto o boi ficou 7,4% mais caro. Do lado das exportações, as vendas de junho (140,3 mil toneladas in natura), embora melhores que as do mês anterior, foram 7,6% abaixo de junho/2020, de modo que o acumulado do primeiro semestre ficou 5,3% abaixo de 2020. O mercado futuro do boi gordo vem registrando grandes alterações, acompanhando a apreciação da moeda brasileira.

A questão que tem pesado sobre a curva futura é se o setor conseguirá continuar repassando custos crescentes em dólares. É uma questão relevante, dado que o principal direcionador dos preços pecuários tem sido a exportação, enquanto o mercado doméstico segue retraído e sem perspectiva de alteração para melhor em curto prazo. A recuperação dos preços no mercado futuro vai depender da disposição dos chineses em comprar uma arroba mais cara em dólares, já que o preço também tem subido nos países vizinhos e nos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.