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08/Jul/2021

Boi: falta de acerto de preços limita as negociações

Produtores preocupados com a alta de custo nos confinamentos tentam forçar a alta da arroba nas regiões pecuárias do País, mas os frigoríficos resistem, já que o escoamento de carne bovina segue patinando no mercado interno. Com essa disputa, a negociação fica travada na maior parte dos Estados produtores, registrando, em alguns casos, queda no preço do boi gordo, a depender das programações de abate da indústria. Outro motivo que limita maiores aquisições de gado gordo por frigoríficos é o fato de que o início do mês ainda não apresentou uma demanda interna reforçada por carne bovina, como costuma acontecer após o pagamento de salários. Além disso, em alguns Estados, as escalas de abate das indústrias estão confortáveis, o que permite uma menor pressão de compra de gado no momento. Em São Paulo, as programações atendem à média de 11,12 dias úteis.

Tocantins e Mato Grosso também apresentam escalas alongadas, com as empresas tendo gado suficiente para uma média de 9,31 e 9,07 dias úteis de abates, respectivamente. Nas últimas semanas, o período de entressafra tinha se acentuado na maioria das regiões pecuárias, mas as geadas no Centro-Sul do País fizeram os produtores elevar a oferta de gado em alguns Estados. Foi o caso de São Paulo, onde a originação de bovinos ficou mais regular e, por consequência, o preço registra leve recuo. No Estado, a cotação é de R$ 310,50 por arroba à vista e R$ 320,00 por arroba a prazo. No Paraná, por causa do aumento da disponibilidade de bovinos, em virtude das geadas, a cotação registra recuo, para R$ 305,50 por arroba à vista.

Nas Regiões Norte e Nordeste do País, contudo, a situação é outra. As escalas de abate, apesar de terem evoluído para a primeira semana de julho, mostram dificuldade de avanço nos patamares de preços atuais, permanecendo entre 5 e 7 dias. Porém, os contratos fechados anteriormente oferecem consistência ao volume de negócios, especialmente no Pará, onde o preço praticado é de R$ 291,00 por arroba à vista e R$ 293,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, o boi gordo é negociado a R$ 298,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais corte bovinos se mantêm estáveis. O fato de a demanda ainda não atender às expectativas do setor limita variações nas cotações. O traseiro bovino está cotado a R$ 22,10 por Kg; o dianteiro custa R$ 17,10 por Kg; e a ponta da agulha é negociada a R$ 17,60 por Kg.