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08/Jul/2021

Boi: exportação de carne sustentada no 1º semestre

Os principais motivos para os preços do boi gordo operarem em patamares elevados ao longo do primeiro semestre deste ano foram a oferta escassa de bois prontos para o abate e o intenso desempenho das exportações de carne bovina. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de janeiro a junho, as vendas externas da proteína in natura totalizaram 735,87 mil toneladas. Esse volume é o segundo melhor para esse período, sendo 5,35% abaixo do verificado na primeira metade do ano passado, quando, vale lembrar, os embarques atingiram recorde para um primeiro semestre, somando 777,4 mil toneladas. Frente à quantidade escoada no primeiro semestre de 2019, observa-se aumento de 8,42% nas vendas externas em 2021. Em junho/2021, especificamente, foram exportadas 140,31 mil toneladas de carne in natura, 10,7% acima do volume de maio/2021, mas 8% abaixo do de junho do ano passado.

Aqui ressalta-se que as vendas externas de junho/2021 também apresentaram o segundo melhor desempenho da história para o mês, atrás justamente da quantidade observada no ano passado. As vendas brasileiras mensais de carne bovina in natura completaram três anos de embarques acima de 100 mil toneladas. Esse desempenho evidencia a consolidação desse novo patamar, além de indicar que a produção pecuária nacional precisa seguir investindo em tecnologia, que resulte em aumento de produtividade, para conseguir suprir a demanda internacional e a um possível reaquecimento da procura interna. Nesse sentido, mesmo com o Real se valorizando frente ao dólar nas últimas semanas, a carne bovina brasileira segue competitiva no mercado internacional. Além disso, restrições de exportações de outros países, como na Austrália, devido ao baixo número de rebanho, e na Argentina, em decorrência de embargos, possibilitam que as vendas brasileiras se mantenham aquecidas.

Outro sinal de que muitos países dependem da carne bovina brasileira é a constante valorização da proteína ao longo dos últimos 12 meses. De julho/2020 a junho/2021, a carne bovina nacional se valorizou 26,95%, com média de US$ 4.490,20 por tonelada nesse período. Em junho, especificamente, chamou a atenção o preço médio pago, que atingiu US$ 5.181,32 por tonelada, o maior desde junho de 2014. Esse valor está 5,02% maior do que o registrado em maio/2021 e 20,53% acima do de junho/2020. Diante disso, a receita em junho subiu expressivos 16,25% frente à de maio, totalizando US$ 727,02 milhões, conforme os dados da Secex. Em um ano, o aumento no faturamento é de 11%. De janeiro a junho, o montante arrecadado com as vendas externas atingiu US$ 3,51 bilhões, o melhor desempenho da história, 1,22% acima do até então recorde observado no mesmo período do ano passado. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.