08/Jul/2021

Os embarques de carne suína (in natura, salgados e industrializados) atingiram em junho o segundo maior volume da história, atrás somente do recorde alcançado em março de 2021. O principal motivo do avanço, nas duas ocasiões, segue sendo os envios à China. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em junho, foram exportadas 107,5 mil toneladas de carne suína, quantidade 6,7% maior que a de maio e, ainda, 12,9% acima da de junho/2020. Os envios à China, especificamente, somaram 58,9 mil toneladas em junho, 8,5% a mais que em maio/2021, um recorde, e correspondendo por 54,8% do volume total escoado pelo Brasil no mês.

Apesar desse forte crescimento, agentes do setor se mostram apreensivos com a relação comercial, uma vez que a China tem investido intensamente na produção nacional de suínos, e há rumores de que a produção do gigante asiático tenha atingido nível similar ao observado antes das crises sanitárias de peste suína africana (PSA) e de Covid-19. Em termos financeiros, o aumento no preço médio pago pela carne exportada, devido principalmente ao recuo do dólar ao longo de junho, garantiu uma elevação na receita em junho, que foi recorde. No último mês, US$ 268,67 milhões foram obtidos com as vendas externas de carne suína, montante 6,7% maior que em maio e 36,3% acima do resultado de junho/2020.

Com os embarques de 2021 acima dos observados em anos anteriores, o total de carne suína exportada no primeiro semestre do ano é o maior para o período. Somando os seis primeiros meses deste ano, 555,6 mil toneladas foram enviadas ao exterior, avanço de 17,5% frente ao mesmo período de 2020 e ainda de fortes 61% na comparação com a primeira metade de 2019. Quanto ao mercado interno, em São Paulo, no atacado, a carcaça especial registra recuo de 9,6% nos últimos sete dias, indo para R$ 9,24 por Kg. Para os cortes, as são mais leves. O pernil com osso é negociado a R$ 11,15 por Kg, desvalorização de 5,3% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.