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08/Jul/2021

Leite: produção caindo no Sudeste e Centro-Oeste

Segundo o Itaú BBA, a produção de leite deve continuar em queda em comparação com o ano passado nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste do País nos próximos meses. Isso porque a queda na qualidade das pastagens e a manutenção dos altos custos com ração animal continuam desestimulando a atividade. Em compensação, na Região Sul, a melhora das pastagens de inverno deve possibilitar um gradual aumento na captação de leite em julho e agosto.

Outro fator a ser considerado é a possibilidade de apreciação do real ante o dólar, o que pode aliviar os custos dos produtores com os grãos, utilizados para alimentação animal. Em relação à demanda, a perspectiva é positiva, na esteira das projeções de retomada econômica e avanço da vacinação contra a Covid-19. O preço do leite subiu 8% no fim de junho ante maio, para o maior valor já visto no mês, em termos reais: R$ 2,20 por litro, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Mas, a alta não foi suficiente para desafogar o produtor, que enfrenta uma relação de troca precária entre o leite e o milho. A princípio, os produtores estavam aproveitando uma redução na cotação do milho, especialmente na região do Triângulo Mineiro (MG), com a valorização do Real e a chegada dos primeiros lotes da 2ª safra de 2021.

Contudo, as geadas observadas na semana passada diminuíram a perspectiva de produtividade e interromperam esse movimento de queda nas cotações do milho. Daqui para frente, haverá uma firmeza no preço do boi e da vaca de descarte, o que pode incentivar o produtor a comercializar os bovinos e reduzir o seu rebanho. Se isso ocorrer, de fato, o mercado verá um rápido efeito na oferta de leite nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.