07/Jul/2021

Embora a expectativa para a semana seja de aumento na liquidez de negócios do mercado físico do boi gordo, ainda não é possível observar alterações significativas na comercialização ou nos preços. A morosidade vista na semana passada persiste, enquanto as indústrias se planejam para compor as escalas de abate, de acordo com o andamento das vendas de carne bovina no mercado doméstico. Nesta época do mês, o mercado costuma esperar uma reação do consumo interno, após o pagamento de salários.

Porém, a conjuntura de crise econômica, alto índice de desemprego e encarecimento da proteína bovina gera um ambiente menos favorável para essa recuperação. Frigoríficos habilitados para exportação, nesse cenário, se voltam para o mercado externo, que, apesar da desaceleração recente nos embarques, continua pagando preços mais remuneradores para bovinos que atendem aos requisitos. Em relação aos preços, os pecuaristas cedem pouco às pressões da indústria e mantêm a indicação de valores maiores pelos lotes de boiada gorda.

Isso porque a terminação nos confinamentos está mais custosa, com os preços dos grãos em níveis nunca vistos anteriormente. Além disso, as recentes geadas preocupam em relação à produtividade do milho 2ª safra de 2021, o que pode se refletir em novos aumentos nas cotações. Os produtores estão retendo os bois, confiantes na alta da arroba para o fim do ano. Com a baixa liquidez, os preços permanecem estáveis em grande parte do País. Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 322,00 por arroba a prazo.

No Paraná, apesar da oferta enxuta, as condições climáticas dos últimos dias podem influenciar em um aumento na disponibilidade de bovinos. Por enquanto, o boi gordo é negociado a R$ 310,50 por arroba à vista. No Pará, os frigoríficos têm maior facilidade para adquirir bois terminados, e a cotação é de R$ 293,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado R$ 311,50 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 303,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o traseiro bovino é negociado a R$ 22,10 por Kg; o dianteiro a R$ 17,10 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 17,60 por Kg.