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07/Jul/2021

Brasil trabalha para retomar habilitações à China

Segundo o embaixador do Brasil na China, o governo brasileiro está trabalhando junto com as autoridades chinesas para retomar a habilitação de frigoríficos brasileiros autorizados a exportar para o país asiático. Há estreita cooperação com o Ministério da Agricultura para buscar a normalização das habilitações. Entre as autoridades sanitárias, a embaixada está em contato com a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC).

Desde o início da pandemia de Covid-19, a China não habilitou nenhum novo frigorífico brasileiro. Em virtude da pandemia, houve redirecionamento dos esforços das autoridades sanitárias chinesas, o que atrasou o processo de liberação de indústrias de carnes, não só do Brasil, mas também de outros países. Contudo, se de um lado a pandemia afetou o processo de liberação, de outro houve ampliação das exportações dos frigoríficos autorizados a vender carnes para a China.

Segundo a Embaixada da China no Brasil, sobre a possibilidade de aceleração e retomada das habilitações de indústrias de carnes brasileiras, os dois países trabalham juntos para promover cooperação e facilitar o intercâmbio de produtos agrícolas e alimentos. "Temos 102 frigoríficos brasileiros aprovados para exportar para a China. Segundo a BRF, os exportadores brasileiros perderam oportunidades com a interrupção de novas habilitações de frigoríficos autorizados a exportar para a China.

Desde 2015, os Estados Unidos estavam suspensos para exportar aves para a China e, de repente, voltaram a acessar o mercado chinês com mais de mil estabelecimentos habilitados. Enquanto isso, o Brasil está sem nenhuma habilitação nova há praticamente dois anos. Desde o início da pandemia de Covid-19, a China não autorizou nenhuma nova planta de carnes brasileira a vender para o país. Sobre a possibilidade de retomada das certificações, os exportadores estão ansiosos por avanços nesta questão. Na avaliação da balança comercial do agro como um todo, há crescimento na relação comercial agrícola Brasil-China, com aumento da participação do Brasil nas importações chinesas.

Mas, é importante contextualizar os Estados Unidos como grande potência mundial do agronegócio. É complicado para os exportadores brasileiros diante de um mercado altamente competitivo com demanda muito grande quando, inesperadamente, surge competição com um dos maiores players globais. Isso cria algumas dificuldades. Ainda não há clareza sobre como será o relacionamento entre Estados Unidos e China diante da administração do presidente Joe Biden e das prioridades do governo chinês. Aparentemente, há uma relativa deterioração dessas relações. Trata-se de uma oportunidade.

O momento é muito apropriado para o Brasil avançar, com o estabelecimento de compromissos mais concretos para ter acesso mais estruturado, estratégico e privilegiado ao mercado chinês. Do ponto de vista do agronegócio brasileiro, o ideal seria a estruturação de um acordo comercial entre os dois países. Seria possível avançar em vários temas, desde que haja vontade de ambas as partes. Desde 2019, a China é o maior mercado de exportações da BRF. Até maio deste ano, o País contribuiu com 40% das exportações totais da empresa para a Ásia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.