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06/Jul/2021

Boi: preços devem se manter sustentados no físico

A virada do mês deve começar a surtir efeito no mercado físico de boi gordo no decorrer desta semana, com um possível aumento nas compras de carne bovina. Isso deve levar frigoríficos a buscar mais lotes de gado terminado. A perspectiva é de preços firmes para o boi gordo nos próximos dias, com oscilações pontuais em regiões nas quais o clima frio pressiona os pecuaristas a venderem lotes de boiada gorda. Assim, deve haver grandes mudanças nos preços do boi gordo. A expectativa quanto a uma maior facilidade de escoamento no atacado e no varejo cobra ações dos frigoríficos quanto as escalas de abate. Porém, a aquisição de bovinos para abate, apesar da mais ativa, ainda é feita com cautela, para não prejudicar as margens operacionais das plantas, dado o alto preço da arroba.

Já se percebe uma evolução nas programações da indústria em alguns Estados. O avanço mais notável é em Minas Gerais: para 10 dias úteis. Em Mato Grosso, as escalas chegaram a 9,75 dias úteis, enquanto em Goiás as escalas atendem a 9,58 dias úteis. No Pará, por outro lado, há um encurtamento para 8 dias úteis. Participantes do mercado também monitoram as baixas temperaturas no Centro-Sul do País. O frio e as geadas vêm causando danos nas lavouras de milho, elevando os custos da terminação intensiva de animais. Nesse sentido, alguns produtores aumentam a oferta no mercado físico, especialmente para pagamentos a prazos mais curtos ou por meio de prêmios, no caso de frigoríficos exportadores.

Em São Paulo, a liquidez está maior, mas a cotação se mantém a R$ 310,50 por arroba à vista e R$ 322,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, por causa da dificuldade de encontrar bovinos prontos para o abate, os preços registram alta para R$ 300,00 por arroba a prazo. No Paraná, o boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista. A oferta de gado é enxuta, mas as recentes geadas em algumas regiões podem provocar um aumento dessa oferta na semana. Em São Paulo, no atacado, o consumo ainda não aumentou o suficiente para influenciar os preços dos principais cortes de bovinos. O traseiro do boi segue cotado a R$ 22,10 por Kg; o dianteiro a R$ 17,10 por Kg; e a ponta da agulha é negociada a R$ 17,60 por Kg.