ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Jun/2021

Suíno: China elevará reservas para sustentar preço

A China vai começar a comprar carne suína para as reservas estatais, num esforço para estabilizar o mercado doméstico após mais uma semana de queda de preços. A relação média nacional suíno/grãos, um importante indicador de lucratividade na criação de suínos, caiu para 4,90:1 na semana passada, entrando em terreno de declínio excessivo e desencadeando compras de carne suína para as reservas, disse nesta segunda-feira a principal agência de planejamento econômico do país. Segundo o Ministério da Agricultura da China, o preço médio nacional de suínos vivos caiu cerca de 60% desde janeiro, para 15,13 yuans (US$ 2,34) por Kg, o menor nível em dois anos.

Quase 10% dos criadores chineses de suínos tiveram prejuízos em maio. Segundo o Rabobank a força motriz básica por trás da queda dos preços da carne suína é a expansão da oferta desde o último trimestre de 2020, enquanto o consumo vem crescendo em ritmo mais lento. A indústria de suínos da China aumentou rapidamente a capacidade de produção após um surto de peste suína africana (PSA) que devastou os plantéis do país em 2018 e 2019. A população de suínos em maio aumentou 23,5% em relação a igual mês do ano anterior, voltando a níveis mais próximos do normal.

A produção geral de carne suína deve alcançar 50 milhões de toneladas em 2021, um aumento de 20% em relação a 2020, de acordo com relatório da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um importante grupo de estudos apoiado pelo governo chinês. Nos últimos meses, um grande número de suínos foi enviado para abate em meio ao pânico de alguns criadores que buscavam evitar perdas adicionais. Isso pressionou ainda mais as cotações. Depois de terem atingido o menor nível em dois anos, os preços tiveram uma pequena recuperação e podem continuar subindo. Para o Rabobank, os preços de carne suína permanecerão voláteis por um tempo. Os atuais preços baixos e a forte demanda sazonal entre agosto e outubro ajudarão a aquecer o mercado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.