25/Jun/2021
Os preços do boi gordo seguem firmes no mercado físico. A falta de acordo sobre preços entre produtores e frigoríficos continua ditando o ritmo de negócios nas principais regiões pecuárias do País. Enquanto os produtores exigem valores mais altos pelos bois confinados, a fim de cobrir os altos custos de produção, a indústria tenta pressionar as cotações, uma vez que o escoamento de carne bovina ao mercado doméstico é irregular.
A solução encontrada pelas unidades de abate tem sido reduzir as compras de gado terminado e reescalonar as escalas de abate, pulando dias de operação ou até concedendo férias coletivas aos funcionários. Assim, a negociação está travada, garantindo a estabilidade dos preços do boi gordo em boa parte das regiões pecuárias brasileiras. Embora o consumo doméstico de carne bovina esteja mais fraco, reflexo da perda de poder aquisitivo da população, os preços da carne bovina estão subindo mais que os da arroba do boi gordo neste mês.
Em São Paulo, os preços se mantêm praticamente inalterados. O boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 322,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação é de R$ 300,50 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, embora a cotação se mantenha estável, a dificuldade das indústrias de preencherem as suas programações de abate mantém a tendência altista para o boi gordo. Desde o início de junho, o boi gordo já se valorizou 5,1% no Estado.
Nas Regiões Norte e Nordeste, a oferta de bovinos é mais regular, oferecendo certo conforto aos frigoríficos da região. As escalas de abate já garantem a primeira semana de julho, sem a necessidade de elevação dos patamares de preços negociados. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 308,20 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o dianteiro bovino está cotado a R$ 17,10 por Kg. O traseiro é negociado a R$ 22,10 por Kg e a ponta da agulha, a R$ 17,60 por Kg.