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25/Jun/2021

Suíno: países aproveitam a maior demanda global

Em março deste ano, a União Europeia (UE) conseguiu colocar 606,5 mil toneladas de carne suína no mercado internacional, o que representa um aumento de quase 30% em relação ao mesmo mês de 2020. Essa situação de aumento das vendas ao exterior do bloco europeu sustenta-se em dois pilares. A primeira delas é a vacinação progressiva contra a Covid-19 da população mundial, onde aos poucos os países saem de situações de isolamento que favorecem o consumo desses alimentos fora de casa. O segundo, e talvez o mais crucial para o mercado, é a situação da China com a peste suína africana (PSA), que levou o gigante asiático a abater quase 50% dos 441 milhões de suínos que possuía no início de 2019 e, portanto, elevou as compras.

Essa situação levou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) a estimar que a China poderia importar 26% a mais de carne suína, o que está acontecendo. Rapidamente, a Argentina se aproveitou dessa situação sanitária e, em meados de 2019, concluiu sua primeira exportação de carne suína para o mercado chinês. Na União Europeia, as exportações de carne suína in natura/congelada para a China aumentaram 33%, para 238.000 toneladas em março (quase 40% do total das vendas da UE naquele mês), enquanto as vendas para as Filipinas foram cinco vezes maiores (20.200 toneladas). Quanto à Argentina, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca assinala que nos últimos 10 anos a produção aumentou 135% e seu teto produtivo é impensável se considerar a disponibilidade de material premium, o status sanitário único no mundo, o clima, a água, as indústrias associadas e o conhecimento dos produtores.

As exportações de carne suína da Argentina chegaram a 62,12 milhões de dólares no ano passado, o que representa um aumento de 74% em relação a 2019. Em contraste, as importações caíram 30%, para 58,09 milhões de dólares. Em volume, o país exportou 34.704 toneladas de peso do produto em 2020, um aumento de 65% em relação a 2019. Além disso, aos poucos, a carne de frango e a carne suína estão ganhando espaço ante a carne bovina na Argentina. A carne suína se posicionou como um excelente substituto da carne bovina e seu consumo cresceu 100% no país, passou de 8 quilos por habitante por ano em 2010 para 16 quilos por habitante em 2020, principalmente como carne in natura, que já superou isso consumidos como embutidos ou processados. Fonte: Infocampo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.