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23/Jun/2021

Carnes: altas de custos serão repassadas ao varejo

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a indústria de carne de aves e suínos devem elevar os preços. Mesmo com o repasse aos consumidores, as empresas ainda não conseguiram absorver todo aumento de custo de produção ocasionada pela alta nas cotações do milho. Os preços da carne de frango e de suíno aumentaram 15% e 20% nos supermercados, respectivamente, enquanto os custos alcançaram 40% e 44%.

Existe um espaço imenso de aumento de preço só para chegar perto da sobrevivência das empresas. Perante o aumento no custo do milho, algumas indústrias estão comprando trigo para alimentar os animais. Hoje, mais uma empresa comprou 35 mil toneladas de trigo do Paraguai. O Ministério da Agricultura reforçou que não existe cenário de falta de milho, mas que o abastecimento interno deve sofrer alterações em função dos preços. Ajustes serão feitos nas perspectivas de abastecimento.

Haveria exportação, mas como há necessidade maior no mercado interno parte do milho deve voltar para mercado interno para atendê-lo por meio de washout. Não há dificuldade em quantidade na questão do milho. A melhora do clima nos Estados Unidos deve favorecer a queda nos preços na Bolsa de Chicago e o início da colheita da 2ª safra de 2021 no Brasil, mesmo que abaixo do esperado, devem atenuar as cotações.

Assim, deve haver atenuação da questão dos preços com câmbio menos favorável a exportações e a chegada da 2ª safra de 2021. Sobre o pedido para isentar a comercialização de milho do PIS/Cofins, o Ministério da Agricultura já enviou uma nota técnica ao Ministério da Economia solicitando a medida. Nas primeiras conversas não teve muita dificuldade, mas ainda tem discussões a serem feitas já que é renúncia fiscal. Fonte: Valor Investe. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.