22/Jun/2021

O Ministério do Desenvolvimento Produtivo da Argentina confirmou que entre os anúncios a serem feitos pelo governo nesta terça-feira (22/06), no âmbito de um plano de pecuária e de um novo esquema de exportação de carne bovina, alguns cortes serão reservados exclusivamente para o mercado interno. Nesse sentido, a ideia é que seja possível manter alguns dos produtos que foram direcionados ao mercado externo no mercado interno para aumentar a oferta. É uma boa oportunidade para o país exportar mais, mas sempre cuidando para que possa haver carne acessível para o consumidor argentino.

Assim, a Argentina deve anunciar acordo para retomada das exportações de carnes esta semana. O país fechou um acordo com exportadores de carne para reabrir parcialmente os embarques após uma suspensão de um mês. A Argentina, quinto maior exportador de carne bovina do mundo e principal fornecedor da China, suspendeu as exportações em meados de maio para expandir a oferta doméstica de cortes, em uma tentativa de conter a escalada nos preços locais dos alimentos. Os exportadores de carne vêm negociando uma maneira de suspender as proibições com receio de que sejam estendidas.

Os preços da carne na Argentina, conhecidos por seus grelhados e bifes suculentos, tendem a afetar o clima social até se tornarem um problema político, principalmente antes de eleições como as legislativas que ocorrerão em novembro no país. Em meio a um forte choque inflacionário, analistas privados esperam que os preços na Argentina aumentem 50% este ano. Nos 12 meses até abril, os preços da carne na Argentina dispararam entre 60% e 70%. Nos primeiros quatro meses de 2021, foram exportadas 28,8% das 965.286 toneladas de carne bovina produzidas na Argentina, das quais 76,6% foram para a China. Fonte: Clarín e La Nacion. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.