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21/Jun/2021

Boi: preços firmes e mercado com baixa liquidez

O mercado físico de boi gordo segue registrando baixa liquidez nas principais regiões produtoras do País. O que mantém os negócios travados é a menor pressão de compra de gado terminado pelos frigoríficos, o que, por sua vez, reflete a inconsistência do mercado doméstico de carne bovina. A baixa disponibilidade de bois prontos para o abate, por outro lado, sustenta os preços em altos patamares e influencia leves aumentos em alguns Estados. A dificuldade de escoamento da produção por parte da ponta final da cadeia, isto é, atacado e varejo, constitui o principal fator da lentidão que acometeu o volume de negócios, ao menos em relação ao lado comprador.

Observa-se um retorno da dependência da demanda internacional, que tem garantido aos frigoríficos uma comercialização mais assertiva do produto. Conforme avança para o período da entressafra do boi, a chance de novas paralisações em plantas frigoríficas que atendem exclusivamente ao mercado doméstico aumenta. Apesar da desaceleração das compras do mercado interno, a perspectiva para os próximos meses ainda aponta para firmeza de preços para o boi gordo, com possibilidade de a arroba superar o nível atual no segundo semestre do ano. Em São Paulo, os negócios evoluem pouco e o boi gordo segue cotado a R$ 309,50 por arroba à vista. Para pagamento a prazo, a cotação é de R$ 322,00 por arroba. Em Alagoas, o boi gordo está cotado a R$ 292,50 por arroba à vista. Na Bahia, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista.

Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado entre R$ 305,00 e R$ 308,00 por arroba a prazo. No Rio de Janeiro, a cotação é de R$ 294,00 por arroba a prazo. Na Região Sul, a escassez de oferta força as plantas a realizarem uma realocação das escalas de abate, ao menos para segurar o ritmo das compras, em um período do mês caracterizado por fraco escoamento no varejo. Em São Paulo, no atacado, no atacado, o traseiro segue cotado a R$ 22,60 por Kg, enquanto o dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 18,10 por Kg. A demanda pela proteína bovina apresenta sinais de retração, mas o fluxo das vendas ainda foi suficiente para sustentar os preços, já que não há grandes excedentes nos estoques, em função do menor ritmo dos abates junto às indústrias.