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21/Jun/2021

Boi: alta nos custos inviabiliza pequeno confinador

A alta no preço dos grãos verificada de um ano para cá contribuiu também para inflacionar os custos na pecuária, sobretudo no confinamento. O custo de alguns insumos subiu entre 200% e 300%. Trata-se de algo inusitado para a pecuária de corte. A pressão de custos, inclusive, tem feito atualmente com que os confinadores de pequeno porte desistam da atividade e enviem seus bois para engorda nos boitéis (espaços terceirizados para engorda de bovinos).

O confinador pequeno percebeu que não ia conseguir arcar com os custos e enviou seus bovinos para o boitel, que tem escala de produção. Assim, na atual temporada de confinamento, há uma mudança no perfil da atividade, que está se concentrando em grandes confinamentos. O pequeno confinador desistiu de confinar, mas em compensação há filas nos boitéis para receber o gado. O perfil vai mudar este ano, com mais concentração e menos confinadores.

Com o boom de commodities agrícolas, o confinador também teve alta de custos e parte deles se preveniu. Há aqueles confinadores que se planejaram e já estão comprados de grãos desde fim do ano passado, quando viram que a safra de soja estava sendo plantada tardiamente, o que afetaria a 2ª safra de 2021 de milho. Mas, de fato, houve a movimentação de confinamentos menores, que deixaram de existir, e os pecuaristas viraram apenas recriadores. Os bois magros dos pequenos confinadores passaram a ser conduzidos para confinamentos maiores.

A perspectiva é de estabilidade no número de bois engordados no cocho em 2021. Deve haver uma pequena redução, de apenas 0,79% no número de bois confinados do ano passado para este. O confinamento vem crescendo em Mato Grosso e Goiás, ou seja, há necessidade de adquirir milho. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul este insumo está ficando mais distante. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.