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21/Jun/2021

Carnes: status da OIE favorecerá toda a cadeia

O recente reconhecimento de alguns Estados do Brasil como áreas livres de febre aftosa, sem vacinação vai beneficiar a cadeia produtiva como um todo. No dia 27 de maio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. Até então, apenas Santa Catarina detinha esse status. O reconhecimento vai ajudar a cadeia porque aumentará a rentabilidade dos frigoríficos e, consequentemente, a possibilidade de o frigorífico pagar mais pelo boi do pecuarista. É um efeito benéfico para todos. Além disso, se abre a possibilidade de ampliar as exportações para mercados que pagam bem pela carne bovina, como Japão, Coreia do Sul, Canadá e Taiwan, pode funcionar como uma "válvula de escape", principalmente agora que o mercado doméstico está enfraquecido.

O boi brasileiro é bom, a carne é boa, mas precisava deste 'selo' para provar isso, principalmente para esses países. O Brasil vem ampliando suas exportações e o número de 85% da carne produzida no País ficar no mercado interno e 15% serem exportados, já não existe mais. Hoje, o País está perto de 70%-30% nesta proporção. A recessão interna está sendo compensada pela exportação e é preciso trabalhar pensando de maneira globalizada. Na pandemia de Covid-19, graças à sua internacionalização, o agronegócio teve um PIB positivo. Mas, a única coisa que preocupa é que o Brasil está muito concentrado na China e em Hong Kong. A maior parte das exportações do agro brasileiro vai para esses locais. Então, a iniciativa privada, juntamente com o governo, precisa fazer uma grande campanha de abertura de novos mercados para o agro ter segurança e estabilidade.

Ainda sobre o status adquirido na OIE, além dos países que pagam bem pela carne bovina, haverá possibilidade de o Brasil exportar também para nações que seguem o protocolo sanitário adotado pelos Estados Unidos, que é bem rigoroso, simplesmente porque eles não têm protocolos próprios. Inclusive para os Estados Unidos (país para o qual o Brasil já exporta carne bovina in natura), com o novo status, haverá possibilidade de melhorar nosso desempenho exportador. Não ter mais a pecha de país com febre aftosa é um fato muito positivo, incluindo a exportação de carne suína. O Brasil deve abrir mais mercados também para a carne suína. O País é o sétimo exportador mundial de carne suína, e primeiros em carne bovina e de frango. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.