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21/Jun/2021

Lácteos: preços seguem tendência de alta em junho

Os preços dos derivados lácteos se mantiveram em alta de abril para maio. Os leites UHT e em pó (400g) se valorizaram 5,2% e 0,6%, respectivamente, com as médias indo para R$ 3,26 por litro e R$ 23,95 por Kg, em maio. Mesmo com a elevação nos preços dos produtos, a demanda se manteve relativamente estável. As negociações envolvendo o queijo muçarela continuaram firmes, devido ao baixo estoque, com a média de maio a R$ 24,36 por Kg, avanço de 11,6%em relação ao mês anterior. Entre maio/2020 e maio/2021, todos os derivados registraram altas reais nos preços: de 25,4% para o leite em pó, de 24,4% para a muçarela e de 11,5% para o leite UHT (valores deflacionados pelo IPCA maio/2021).

Aqui ressalta-se a disparidade do aumento no valor do leite UHT em relação aos demais lácteos acompanhados. Isso porque o leite UHT é um produto de cesta básica e há grande pressão dos canais de distribuição para preços mais acessíveis, que possam atrair consumidores não só de lácteos. A valorização dos lácteos se deve à oferta limitada da matéria-prima. Esta, por sua vez, está atrelada ao período de entressafra, marcado pela seca, e ao aumento dos custos de produção. A maior disputa das empresas pela compra de matéria-prima tem elevado os preços aos produtores. Na primeira quinzena do mês, as cotações dos lácteos seguiram avançando, tendo em vista que a competição pela compra de matéria-prima se manteve intensa.

De 1º a 15 de junho, os valores médios do leite UHT, da muçarela e do leite em pó (440g) foram de R$ 3,55 por litro, de R$ 28,42 por Kg e de R$ 24,75 por Kg, respectivamente, sendo 9%, 16,7% e 3,3%, acima dos valores de maio. As negociações de muçarela e de leite em pó seguiram firmes, por conta dos baixos estoques. Muitas empresas têm reportado mudanças no portfólio de produção dos derivados, para evitar estoques elevados e tentar garantir margens em mercados diferentes de lácteos. No entanto, no caso do UHT, agentes sinalizaram maior dificuldade nas negociações, devido ao alto preço e ao consumo retraído. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.