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21/Jun/2021

Leite: custo avança e pressiona margens do setor

Os Custos Operacionais Efetivos (COE) da pecuária leiteira subiram 2,7% em maio na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), acumulando avanço expressivo de 10,94% em 2021. Dentre os Estados pesquisados, Minas Gerais foi o que registrou o maior aumento no COE em maio, de 3,8%, seguido pelo Paraná (2,15%) e São Paulo (1,73%). Apesar dos recentes aumentos nos preços do leite, o contínuo avanço nos custos de produção neste ano exige muita atenção de produtores. Ressalta-se que muitos já estão com as margens apertadas, e os pecuaristas que não controlarem os números de sua atividade estão ainda mais vulneráveis.

Novamente, o insumo que mais pesou no bolso do produtor foi o concentrado, que se valorizou 4,36%

em maio e 11,94% no ano, também na “Média Brasil”. Esse cenário é resultado dos elevados preços da soja e do milho. Em maio, o Indicador da soja ESALQ/BM&F Paranaguá (PR) teve média de R$ 176,39 por saca de 60 Kg, leve queda de 0,4% sobre a média de abril/2021. O Indicador do milho ESALQ/BM&F (Campinas – SP) teve média de R$ 100,72 por saca de 60 Kg, com alta de 3,67%em relação à média de abril/2021. Diante disso, o poder de compra do produto leiteiro frente ao milho caiu pelo quinto mês consecutivo.

Em maio, foram necessários 49,46 litros de leite para a aquisição de 1 saca de 60 Kg de milho (base Campinas -SP), contra 48,97 litros no mês anterior. A suplementação mineral foi o segundo grupo que mais influenciou o aumento nos custos das dietas em maio. Os Estados que apresentaram as maiores elevações nos gastos com este insumo no mês foram Minas Gerais (4,93%), Santa Catarina (3,67%) e Bahia (3,41%). No acumulado de 2021, os suplementos minerais se valorizaram 9,95% na “Média Brasil”. Adubos e corretivos também se mantêm em alta ao longo de 2021, com elevação de 24% de janeiro a maio para a “Média Brasil”. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.