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21/Jun/2021

Pecuária é incluída em análise de títulos verdes

Títulos privados de dívida emitidos para financiar a criação de animais poderão a partir de agora ser classificados como “verdes” se atenderem a determinados requisitos. O Climate Bonds Iniciative (CBI), principal instituição global de certificação de finanças sustentáveis, concluiu hoje os novos critérios de classificação de títulos “verdes” na agricultura, incluindo agora critérios ambientais para a pecuária. A nova categoria do CBI analisa sistemas de produção de gado, búfalos, ovelhas, cabras, leite, suínos e aves, a produção de estrume e as pastagens.

Também são analisados bem-estar animal e origem da ração, após consultas realizadas pelo CBI entre o fim do ano passado e o início de 2021. Para que qualquer título de dívida agrícola seja certificado pelo CBI como “verde”, é preciso que o uso dos recursos levantados esteja relacionado a insumos, bens de capital, transformação de processos agrícolas, produção agrícola, manejo de resíduos ou processamento primário e armazenagem “dentro da porteira”. O CBI avalia critérios específicos sobre o uso de recursos para mitigação de emissões, adaptação e resiliência climática da criação de animais, assim como da produção de alimentos.

Para atender à classificação “verde”, os títulos também podem prever que os recursos sejam usados para atividades fora do sistema produtivo, desde que permitam a mitigação de emissões ou adaptação/resiliência. Espera-se que as mudanças climáticas afetem severamente a agricultura, com perdas médias de produtividade de 10% a 50% até 2030. Ao mesmo tempo, a agricultura precisa reduzir emissões em ao menos 20% para ajudar a alcançar as metas de mitigação do Acordo de Paris.

Os critérios do CBI fornecem uma orientação para investimentos agrícolas em direção a um futuro mais alinhado ao clima. De acordo com a Embrapa, eles são um bom exemplo de colocar a ciência em prática para ajudar a financiar políticas climáticas. A pecuária respondeu por 21% das emissões totais de gases de efeito estufa do Brasil em 2019, conforme o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.