18/Jun/2021

O Itaú BBA avalia que o segundo semestre deste ano deve ser desafiador para a indústria de frango brasileira. Está claro que as empresas precisarão realizar um repasse dos custos aos preços finais dos produtos, mas não se sabe a magnitude desse repasse, em razão da situação econômica difícil do País. A necessidade de repasse está calcada na conjuntura de incerteza do mercado de grãos, com uma baixa probabilidade de arrefecimento dos preços após a entrada do milho 2ª safra de 2021, que registrou perdas significativas de produtividade por causa do clima seco. Como o milho e farelo de soja são comumente utilizados para ração animal e representam cerca de 70% dos custos de produção dos avicultores, a variação de preços afeta diretamente as margens de lucro do produtor.

Ressalta-se que o fato de a carne de frango ser mais barata do que a carne bovina. Isso é uma vantagem importante e tem ajudado nas altas observadas recentemente nos preços. Para os frigoríficos com maior participação das exportações, o cenário tende a ser um pouco melhor que os voltados ao mercado doméstico, já que é esperada alguma recuperação das cotações internacionais do frango associada à recuperação da economia global e ao aumento dos preços do petróleo, que influenciam os preços praticados no Oriente Médio. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.