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17/Jun/2021

Boi: preço perde ritmo de alta com menor consumo

O movimento de alta nos preços da arroba do boi gordo começa a se desacelerar, com o mercado físico registrando maior estabilidade nas principais regiões pecuárias do País. Embora a oferta de gado terminado esteja cada vez mais restrita, em razão do período de entressafra, a demanda interna por carne bovina perdeu ritmo, concedendo à indústria frigorífica um maior fôlego na composição das suas escalas de abate. A demanda externa aquecida, contudo, se mantém como um fator de sustentação das cotações. Nesta semana, pouco mudou nas programações de abate dos frigoríficos. Isso porque a dificuldade na originação de bovinos terminados aumenta, com a seca mais presente nas regiões produtoras e maior retenção de lotes por pecuaristas. O Estado que apresenta maior conforto nas escalas é o Pará, com os estoques atendendo a 14 dias úteis.

Em seguida, está São Paulo, com 7,92 dias úteis, além de Goiás, com 7,83 dias úteis, e Mato Grosso, que tem 7,17 dias úteis. A situação é mais apertada em Rondônia e Mato Grosso do Sul, onde o indicador é de que as empresas conseguem atender 5 e 4,74 dias úteis, respectivamente. A tendência de alta nos preços, presente nos últimos dias, pode não persistir daqui para a frente. A grande quantidade de bois confinados junto às grandes indústrias frigoríficas deve reduzir a necessidade de busca por bovinos terminados no pico da entressafra. A situação se reflete na pressão sobre os contratos futuros da B3, que já se encontram abaixo de R$ 330,00 por arroba. Entretanto, caso as expectativas de reação do consumo interno sejam confirmadas, os preços podem voltar a reagir novamente.

Por enquanto, a demanda externa mostra sinais de recuperação. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a para R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 307,50 por arroba. Em Goiás, o preço praticado é de R$ 296,50 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 291,00 por arroba à vista e a R$ 293,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, já é possível sentir o efeito sazonal da segunda quinzena do mês, quando o consumo da proteína costuma arrefecer, em função da menor capitalização dos consumidores. O traseiro está cotado a R$ 22,60 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 17,60 por Kg. Os varejistas continuam tentando escoar os estoques restantes dos últimos dias, o que inviabiliza novos repasses aos preços da carne.