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16/Jun/2021

Boi: preços seguem sustentados e vendas recuam

O ritmo de negócios com boi gordo está menor no mercado físico. Os frigoríficos diminuíram as compras de gado terminado, enquanto avaliam as vendas de carne bovina. Diferentemente do observado na primeira metade do mês, a chegada da segunda quinzena deve reduzir a demanda doméstica pela proteína, aliviando as escalas de abate da indústria, que se encontram apertadas, em virtude do alto escoamento e baixa oferta de bovinos. A conjuntura aponta, portanto, para uma sustentação dos preços do boi gordo, que sobem, embalados pela escassez de boiadas no País. A entressafra já se instaurou na maioria das regiões pecuárias do País e levou os produtores a deslocarem seus bovinos para confinamentos. Mas, se antes os pecuaristas estavam retendo lotes, mirando os preços mais altos dos contratos futuros na B3, agora essas referências já começam a cair, acompanhando a redução nos custos de produção.

A recente queda nos futuros dos grãos pode indicar um sinal para novos alojamentos nos confinamentos, em função da melhor rentabilidade. Além disso, a grande quantidade de bovinos em boitéis já fornece uma boa cobertura aos grandes players do mercado, reduzindo a exposição ao risco de falta de matéria-prima. A manutenção das escalas de abate irá ditar a velocidade do avanço do preço da arroba, conforme o País emerge da crise e o mercado interno se torna mais regular, facilitando o escoamento por parte das distribuidoras e varejistas. Uma estratégia que tem sido adotada pelas indústrias é a substituição dos machos pelas fêmeas, cujo valor pago pela arroba é mais baixo, especialmente por causa do período de descarte de matrizes que não emprenharam. O movimento só não é mais forte porque qualquer aumento nas compras costuma influenciar de forma rápida a elevação das cotações.

Em São Paulo, apesar da baixa liquidez, os preços registram alta. O boi gordo está cotado a R$ 309,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em Santa Catarina, o boi gordo é negociado a R$ 308,50 por arroba. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 298,50 por arroba à vista. No Rio Grande do Sul, a cotação é de R$ 322,00 por arroba à vista. No Maranhão, o boi gordo é negociado a R$ 289,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 309,60 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 295,67 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, depois dos aumentos verificados na semana passada, os cortes bovinos se mantêm estáveis. A demanda no varejo não motiva novas altas. Assim, o traseiro está cotado a R$ 22,60 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 17,60 por Kg.