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14/Jun/2021

Boi: preços avançam com demanda mais aquecida

Os preços do boi gordo estão avançando nas principais regiões pecuárias do País, embalados pela oferta de gado mais restrita e pelo aumento na procura de frigoríficos por matéria-prima. A queda de braço entre produtor e indústria, contudo, limita a liquidez do mercado físico, com lotes pontuais sendo negociados. A maior pressão de compra exercida pelas unidades produtivas se deve à reação dos mercados doméstico e externo nesta primeira quinzena do mês, quando consumidores brasileiros estão mais capitalizados e compram mais carne bovina. O aumento da demanda pelo produto no País era esperado desde que o governo retomou o pagamento do auxílio emergencial. Um escoamento mais regular da proteína, entretanto, só foi observado na virada de maio para junho.

Agora, diante da menor disponibilidade de bois prontos para o abate, empresas cuja produção é destinada apenas ao mercado interno têm optado pela aquisição de fêmeas, por serem mais baratas. As escalas de abate seguem discrepantes em diferentes regiões do País, com plantas das Regiões Norte e Nordeste apresentando as programações mais confortáveis. Em caso de reação consistente no consumo doméstico durante o inverno, em função da grande restrição de oferta, existe a possibilidade de dificuldade de escoamento de carne bovina entre frigoríficos e distribuidoras, afetando os preços no atacado. Os compradores internacionais também têm demandado um maior volume de abates nas indústrias, depois do recuo nos embarques durante o mês de maio. O mercado acompanha com atenção os desdobramentos da suspensão das exportações de carne bovina da Argentina, cujo prazo pode ser estendido nas próximas semanas, o que tende a favorecer o Brasil.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 309,50 por arroba à vista e a R$ 318,00 por arroba a prazo. No Rio de Janeiro, a oferta de boiada gorda é baixa e o preço registra alta, para R$ 289,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 298,50 por arroba à vista. As indústrias aumentando a procura por matéria-prima para atender as demandas interna e externa por carne bovina. Os preços apresentam alta em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná. Na Região Sul, especialmente, as condições climáticas adversas acentuam a escassez de bovinos terminados. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes se mantêm estáveis. O traseiro bovino está cotado a R$ 22,10 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha estão cotados a R$ 17,60 por Kg.