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10/Jun/2021

Suíno: preços avançam com a restrição na oferta

Enquanto a demanda doméstica por carne suína segue enfraquecida e com poucos sinais de recuperação, a oferta de suínos para abate acaba sendo o fator determinante para a formação de preços. Segundo dados da Pesquisa Trimestral de Abate de animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos três primeiros meses de 2021, o volume de suínos abatidos teve forte crescimento de 5,7% frente ao mesmo período de 2020, somando 12,62 milhões de suínos. Em março, especificamente, foram abatidos 4,57 milhões de suínos, 10,6% a mais que no mesmo mês de 2020 e um recorde, quando considerada a série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

Vale lembrar que, em março, dados mostram que os preços recuaram com força, contexto que acabou sendo amenizado pelas exportações intensas da proteína. Além do total de suínos abatidos, o peso médio das carcaças também aumentou no primeiro trimestre deste ano, mostrando recuperação após a queda observada nos últimos três meses de 2020. De janeiro a março de 2021, a carcaça suína teve peso médio de 91,6 Kg, crescimento de 2,1% frente ao trimestre anterior. Quanto ao mercado, devido à menor disponibilidade de suínos em peso ideal para abate e à consequente retração de vendedores, os preços estão reagindo neste início de junho no mercado independente de todas as regiões. Os demandantes, inclusive, relatam certa dificuldade para adquirir novos lotes de suínos.

Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno registra valorização de 18,3% nos últimos sete dias, indo a R$ 6,49 por Kg. Em Minas Gerais, na região de Ponte Nova, a alta é de 8,3% no mesmo período, com o suíno negociado a R$ 6,50 por Kg. O movimento de alta é verificado até na Região Sul do País, que, vale lembrar, vinha mostrando resistência em elevar os preços nas últimas semanas. No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, o suíno apresenta avanço de 9,3% nos últimos sete dias, comercializado a R$ 6,36 por Kg. Em Santa Catarina, na região oeste, a elevação no preço é de 3,8% no mesmo comparativo, atingindo R$ 6,33 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.