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09/Jun/2021

Boi: preço sobe com maior demanda de frigoríficos

O boi gordo está voltando a subir com maior pressão de compra da indústria para atender escalas de abate. Passado o mês de maio, quando as regiões pecuárias registraram maior oferta de gado terminado, o setor volta a observar uma conjuntura de escassez, que tende a se estender até o mês de setembro. A perspectiva de alta persiste e deve haver um volume maior de boiadas disponível em outubro ou novembro, principalmente oriundo do segundo giro de confinamento. A necessidade de repor os estoques eleva a liquidez do mercado físico e impulsiona os preços nas principais regiões pecuárias do País. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 307,50 por arroba à vista e a R$ 315,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, onde os frigoríficos só tinham programação para atender entre dois e três dias úteis, a cotação está entre R$ 297,50 e R$ 303,00 por arroba à vista.

O Estado já apresenta paralisação de algumas unidades de abate, devido à grande dificuldade na aquisição de bovinos terminados, apesar da oferta de valores mais altos para a arroba. Em Rondônia, a cotação é de R$ 302,00 por arroba à vista. Na última semana, os pecuaristas conseguiram barganhar valores maiores pelos bovinos obtiveram maior fôlego frente aos custos de produção, que foram amenizados pela desvalorização do dólar ante o Real. Com a seca instaurada nas principais regiões do País, os produtores foram forçados a levar os bois das pastagens para a terminação nos cochos, onde a alimentação é baseada em milho e farelo de soja, ambos em constante trajetória de alta nos preços. A perspectiva de maior remuneração na comercialização de gado no futuro, entretanto, anima os criadores de gado e favorece uma retenção de lotes.

A compra de contratos futuros de boi gordo com vencimento em outubro deste ano por um valor entre R$ 330,00 e R$ 335,00 por arroba é atraente. O caminho natural para o boi gordo no segundo semestre de 2021 é acima dos R$ 340,00 por arroba, sendo assim, a oportunidade de compra e reposição é real via futuros. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm inalterados para os principais cortes bovinos. O traseiro do boi está cotado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro e a ponta da agulha seguem cotados a R$ 17,90 por Kg. Essas cotações tiveram uma alta no fim da semana passada, refletindo a restrição na oferta causada pelo feriado do dia 3 de junho e uma demanda acima do esperado. Os atacadistas estão atentos ao comportamento do varejo, visto que um reajuste de preços deve acontecer nesta segunda semana do mês; dependendo da resposta dos consumidores a esta alta, este novo patamar poderá se consolidar.