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08/Jun/2021

Boi: preço em viés de alta na maior parte do País

O mercado físico do boi gordo retoma gradativamente os negócios. Com a leve reação no consumo doméstico de carne bovina no feriado do dia 3 de junho, as indústrias avaliam o escoamento no mercado interno. Porém, ainda há muitas plantas com escalas de abate apertadas, precisando de reposição de matéria-prima, o que pode motivar um aquecimento das negociações nesta semana. Com a entressafra em muitas regiões pecuárias do País, o encurtamento das programações das indústrias se evidencia. Observa-se novas paralisações nas atividades de alguns frigoríficos, dada a escassez de gado terminado no mercado. Do lado do produtor se observa um direcionamento dos lotes para a terminação intensiva, uma vez que a estiagem inviabiliza a utilização das pastagens.

Os altos custos de alimentação animal nos confinamentos, contudo, levam pecuaristas a reterem os lotes, visando uma comercialização futura mais remuneradora. Enquanto o brasileiro médio sofre com a redução da renda, diminuindo a demanda por cortes bovinos, os produtores não conseguem margem líquida positiva se não venderem seus bois por patamares de preços mais altos. Nesse contexto, há grande pressão sobre varejistas e distribuidoras. Nessa conjuntura, os preços do boi gordo seguem tendência altista, embora oscilem um pouco por causa da baixa liquidez do mercado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista e a R$ 315,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a baixa oferta de gado terminado impulsiona as cotações e o boi gordo é negociado entre R$ 298,50 e R$ 300,50 por arroba à vista e a R$ 305,50 por arroba a prazo.

No Paraná, a cotação é de R$ 296,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 304,00 e R$ 306,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 300,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os principais cortes bovinos registram alta. O traseiro está cotado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro a R$ 16,90 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 17,90 por Kg. A variação reflete a reação do consumo, já esperada por parte de distribuidoras e varejistas, em função do feriado prolongado em diversas regiões do País. Entretanto, a disponibilidade de mercadoria em estoque devido à dificuldade de escoamento das últimas semanas limitou maior avanço nos preços da proteína.