02/Jun/2021
O mercado físico do boi gordo registra baixo nível de negociações. Assim, os preços se mantêm estáveis na maior parte das regiões brasileiras. Em meio ao fraco escoamento de carne bovina para o mercado doméstico, as indústrias optam por avaliar o cenário com cautela antes de adquirir novos lotes de boiada, ainda mais nesta semana, com a chegada do feriado de Corpus Christi (03/06). Para a primeira quinzena de junho é esperado maior volume de vendas da proteína, o que pode influenciar em maior liquidez no mercado físico de gado terminado. Uma estratégia que vem sendo traçada pelos frigoríficos é completar as escalas de abate com fêmeas, por serem mais baratas que os machos.
O problema é que os preços estão bem sensíveis a qualquer incremento de procura, em função da retenção de matrizes para recomposição do rebanho. Os pecuaristas seguem monitorando as cotações dos grãos, especialmente do milho, cujo enfraquecimento nos últimos dias tem permitido margens maiores aos confinadores. O cereal é utilizado para alimentação animal na terminação intensiva, prática que já vem sendo adotada em grande parte das regiões do País, em função da degradação das pastagens pelo clima seco. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 303,50 por arroba à vista e a R$ 315,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 306,00 por arroba a prazo. Na Bahia, o preço é de R$ 294,00 por arroba à vista.
A estiagem na Região Norte pode pressionar os preços ao longo desta semana, especialmente no Pará. Em Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, as escalas de abate da indústria atendem em média de dois a três dias úteis. A cotação é de R$ 292,50 por arroba à vista em ambos Estados. Em São Paulo, no atacado, a expectativa é de avanço nas vendas, em função da entrada de um novo mês e da chegada do feriado (03/06). Os principais cortes bovinos, entretanto, continuam com preços estáveis. O traseiro do boi está cotado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro a R$ 16,90 por Kg e a ponta da agulha a R$ 16,90 por Kg.